08 junho, 2013

CHAMPAGNE

INFO INICIAL
Vou a França em abril. Fui a Paris há alguns anos, mas fiquei menos tempo do que gostaria. Dessa vez faremos um passeio por três regiões da França e depois retornaremos a Paris onde ficarei alguns dias.
Planejar uma viagem de férias é uma delícia, mas como tenho pouquíssimo tempo livre e como confio demais na habilidade de minhas amigas, me senti liberada dessa etapa. Espero que elas me perdoem.
O nosso grupo  quase o mesmo da viagem a Toscana em 2011. Jussara não irá dessa vez e uma nova integrante fará parte do nosso grupo, minha amiga Valdéa. Espero que ela goste da turma e que minhas antigas companheiras também gostem dela.
Uh, uh, férias!!!! Tem coisa melhor?

19.04.2013
Eu e Valdéa saímos de Macaé por volta do meio-dia. Nosso voo é a noite, mas com o trânsito infernal da BR-101, melhor não bobear. Logo que chegamos ao aeroporto, encontramos com o restante da turma. Espero que Valdéa goste das “tigronas”. É sempre mais confortável viajar com velhos conhecidos, mas isso não garante que essa será sua melhor companhia para uma viagem. Eu, particularmente, prefiro viajar com pessoas com interesses iguais aos meus ou, pelo menos, parecidos. Nesse grupo tenho a sorte de ter bons amigos e ótimas companheiras de viagem.
Seremos seis nessa viagem: Andréa, Adélia, Kátia, Fatima, Váldea e eu - as tigronas. Pensando bem, seremos sete mulheres porque a Juliete (nosso GPS que tem voz feminina) é praticamente uma companheira de viagem. Dizemos que ela é irmã de sangue de Andréa porque o GPS pertence ao pai dela. Mete-nos em algumas roubadas, como por exemplo, ruas estreitas demais para o nosso carro. Adora uma estrada “bianca” (estrada branca para os italianos) e às vezes parece que está na TPM, fica muda por um tempo ou então repete seguidamente a mesma informação. Reclamamos dela, mas sentimos sua falta quando se mantem calada por muito tempo. E sejamos justas, ela está sempre certa.

20.04.2013 
    ETÓGES

Chegamos a Paris as 12 h. A mala de Valdéa custou a chegar. Temi que tivesse extraviado, seria muito azar. Enquanto esperávamos pela mala, Kátia ofereceu alguns ovinhos que sobraram da Páscoa. Andréa mais que depressa comeu um deles. Sentiu um gosto meio estranho e só então percebeu que Kátia estava descascando os ovinhos. Tinha comido o ovinho com papel e tudo. Ô fome!!! É compreensível depois de tantas horas de voo e uma noite mal dormida.
Pegamos o carro alugado lá mesmo, no aeroporto, e seguimos para o sul, em direção à cidade de Etoges onde nos hospedaremos em um castelo, o Chateau D’Etoges, na região de Champagne.
Chateaux D'Etóges
No caminho passamos por várias cidadezinhas. Todas lindas, floridas, limpas e...vazias. Parecem cidades fantasmas, nem um cachorro vadio encontramos pelas ruas, nem uma janela aberta. Será que os franceses dormem o sábado inteiro?
Resolvemos parar num lugarejo e fazer um lanche antes de chegarmos a Etoges. Não encontramos nada aberto, só uma pequena boulangerie (padaria). Arrematamos os poucos pães que estavam na vitrine e deixamos para trás a cidade fantasma.
Chateaux D'Etóges







Chegamos ao hotel no finalzinho da tarde. O Chateau, que já foi residência dos reis da França, fica numa cidadezinha pequena e antiga. É imponente, uma bela construção.
Tínhamos feito uma reserva para o nosso primeiro jantar nesse hotel e o jantar foi exceleeeeente! Começamos bem.




21.04.2013   
REIMS
Chateaux D'Etóges
O dia estava frio, por volta de 8 graus. Nos agasalhamos e saímos para iniciar nossa peregrinação pelos "caminhos santos", as caves. Adélia caprichou no chapéu, uma graça. Adoro chapéu, mas fico parecendo um abajur.
Reservamos o dia para conhecer duas cidades próximas: Epernay e Reims. No caminho avistamos uma pequena multidão. Pensamos – “é domingo, podem ser fiéis que estão saindo de uma igreja”.  Alguém sugeriu que poderia ser um enterro. Por via das dúvidas, paramos para conferir. Era uma feirinha de antiguidades. Acho que a cidadezinha inteira, por falta de algo melhor para fazer naquela manhã de pouco sol, foi passear na feirinha. 

Olha o modelito para ir a Feira!

Procurávamos um lugar para tomar o café da manhã. Compramos alguns pães numa boulangerie, que não serve café, atravessamos a rua e fomos para um bar. É difícil achar algum lugar aberto num domingo nessas pequenas cidades. Acredito que na alta temporada mais estabelecimentos fiquem aberto, mas agora... O café quente e gostoso me aqueceu a alma. Não me dou bem com o frio, fico meio travada.
Reims

Reims

Chegamos a Reims e fomos conhecer a Catedral de Notre Dame de lá. Antigamente os reis da França eram consagrados aqui nessa cidade. Por isso, essa catedral tão grande e tão bonita. Rodamos pela cidade vazia olhando as construções e as praças com alguns canteiros já bem floridos. Seguimos para a Maison Pommery, uma das mais famosas produtoras de champanhe da França. Visitamos as caves subterrâneas, quilômetros de corredores escuros e úmidos. Um lugar meio lúgubre.

Jardim da Maison Pommery

A guia que nos acompanhou só falava inglês e, sendo assim perdi parte da história, mas entendi que a viúva Madame Pommery depois da morte do marido, foi  a grande responsável pelo sucesso dessa casa. Depois de beber algumas doses do     champanhe fica fácil de entender porque essa bebida é sinônimo de luxo e sofisticação.

Já era noite quando chegamos em Epernay. Caminhamos pelo centro da cidade a procura de um restaurante. Essa tarefa é fácil por aqui, não tivemos dificuldade. Amanhã retornaremos, a peregrinação está só começando.

22.04.2013   REIMS

Antes de ir para Epernay fizemos nosso petit dejeuner (café da manhã) num pequeno restaurante em Etóges, lugar aconchegante com um grande fogão a lenha.
 
Nessa região existem várias caves de marcas importantes, escolhemos a mais famosa delas, a Maison Moet Chandon. A produção dessa casa começou em 1743 com a família Moet que mais tarde juntou a marca o nome Chandon, nome do marido de uma das herdeiras Moet. A parceria prosperou e tornou-se o sucesso que é hoje. Um de seus produtos mais conhecido é a champanhe Dom Perignon.
Lembrei-me de quando criança lia livros de bolso que eram do meu irmão, com a história de “Gisele, a espiã nua que abalou Paris”. Eram histórias de espionagem do pós-guerra e a bebida predileta da belíssima espiã Gisele era a champanhe Dom Perignon. Não resisti e comprei uma garrafa de Moet Chandon para rechear a minha mala.


Notre Dame de Reims
Fomos passar o resto do dia em Reims. A cidade hoje estava animada, nem parecia a mesma que visitamos ontem. A praça central é cercada por bares e restaurantes, todos cheios de gente. Jantamos por ali, no centro do buchicho.
Sugestões:

Restaurante ‘Le Saint Julien” Rue Eugène Desteuque - Tel 03 26 88 32 38 – Reims