04 setembro, 2015

DUBLIN, CLIFFS OF MOHER, GALWAY

REPÚBLICA DA IRLANDA

DUBLIN
14.06.2015

Grafton Street
Saímos pela manhã em direção a Dublin. Fomos de ônibus porque trem com malas é uma combinação infernal. Mais ou menos duas horas de uma viagem tranquila e confortável.

Nosso hotel fica bem perto do centro. Almoçamos e fomos caminhar pela principal avenida da cidade, a O’Connell Street. No cruzamento da rua do nosso hotel com essa avenida, fica o obelisco Spire. Disseram que é uma escultura, eu acho que parece um obelisco. É enorme e pode ser visto de longe, e talvez nos sirva de referência para identificarmos que direção tomar.
As ruas estão lotadas e é domingo. Várias lojas estão com anúncio de liquidação. Pensamos que seria algum dia especial, tipo “Black Friday”, mas descobrimos que é um dia normal e que todo comércio daqui abre aos domingos. Estranho.

Compramos um show de dança típica irlandesa com direito a um jantar. Ficamos esperando por uma “roubada”. À noite fomos para o restaurante que fica no hotel Arlington, as margens do Rio Liffey, assistir ao show. São cinco músicos e 4 dançarinos, tocando e dançando aquele tipo de música que se ouve no filme Titanic, na festinha que acontece na terceira classe. 

O show e o jantar foram razoáveis, valeram os euros investidos.

15.06.2015

Começamos o dia pelo Castelo de Dublin. Conhecemos só a área externa, ninguém quis pagar para entrar. Já estamos legal de castelo, esse deve ser o nonagésimo nono castelo que conhecemos em nossas viagens pela Europa.

Passamos para o roteiro das igrejas, iniciando pela Chist Church Cathedral, a catedral mais antiga de Dublin. É muito grande, com o passar dos anos foram acrescentando novas construções e hoje, olhando da parte de fora, não parece exatamente uma igreja. É uma 
construção imponente.


Chist Church Cathedral


Catedral de St. Patrick's

Em seguida fomos a Catedral de St.Patrick’s. Em todo lugar tem igreja de St.Patrick, é um santo forte por aqui. Não entrei nas igrejas, em todas se paga para entrar. Não sou religiosa, então só pago quando são muito importantes ou muito bonitas. Preferi os jardins que ficam em redor das igrejas e esse aqui é um convite à preguiça. Deitar no gramado e esquentar no solzinho tímido é um programão.
Seguimos passeio no ônibus turístico pelo restante da cidade. 

Passamos por vários parques, um deles, o Phoenix Park, é enoooorme. O ônibus andou por vários quilômetros e nada de chegar ao final do parque. Numa rotatória o ônibus retornou pelo mesmo caminho e não vimos o final do parque.
Ah, esses parques trazem uma qualidade de vida para uma cidade! Sinto falta de um parque na minha cidade.

St. Green Park

Próxima parada: fábrica da cerveja Guiness. Pensei em não descer ali, mas quando vi um grupo de turistas super animados, cantando uma música que não conheço, fui contagiada. Desci.
A fábrica está ali desde 1759. Passamos pela história da cervejaria, pelos meios de produção, uma palestra sobre a cerveja (que eu nada entendi, era em inglês), e depois um momento para degustação. No último andar tem um bar com vista panorâmica da cidade. Por lá almoçamos e, no final umas comprinhas na loja da Guiness. Achei tudo muito organizado, mas meio sem graça.

Nessa terra de bebedores de cerveja resolvemos seguir a tradição, terminamos nosso dia num Pub.


16.06.2015            

Hoje faremos um passeio à região dos penhascos. Nessa região, onde fica uma das sete maravilhas da natureza, a Cliffs of Moher, foi onde aconteceu a locação do filme “A Filha de Ryan”. Assisti a esse filme na década de setenta e aquele cenário nunca me saiu da memória. Nunca imaginei que veria esse lugar algum dia. Outro filme que foi rodado nessa região foi “Harry Potter e o enigma do Príncipe”, mas esse não assisti.

Nossa guia Rose também é ruiva como a Lorraine, que nos acompanhou em Belfast. Segundo Rose, os ruivos da Irlanda são descendentes dos Vikings que ocuparam essas terras por vários séculos. Depois vieram os Celtas... aí a história é longa, melhor parar por aqui.

O micro-ônibus com cerca de 20 passageiros seguiu para o interior. Por todo lado vemos inúmeros muros baixos feito de pedra, os mesmo que vi no filme A filha de Ryan. A guia nos explicou que a Irlanda é uma ilha rochosa e por cima dessa rocha tem uma fina camada de terra. Pouca terra, muita pedra, pouca árvore. Como os camponeses precisavam desobstruir a terra para plantar, as pedras foram usadas para construir os muros que separam as propriedades. Tem um ditado que diz “Na Irlanda não há água suficiente para se afogar um homem, nem árvores para enforcá-lo, nem terra suficiente para enterrá-lo”.  

Muros de Pedras
A guia vai falando, falando, mas não consigo entender tudo que diz. Ela fala muito rápido e um espanhol perfeito. Acho que é espanhola mesmo. Bem, ela disse que no século XVII o governo inglês impôs uma série de restrições aos católicos da Irlanda. Não podiam ir à escola, não podiam exercer sua religião, não podiam usar o idioma local, não poderiam possuir grande extensão de terra. O principal produto da agricultura era a batata. No século XVII ocorreu uma praga que destruiu as plantações de batata em todo país. Isso causou uma grande fome, que reduziu 25% da população, parte porque morreu e outra parte que migrou para outros países, principalmente os Estados Unidos.

GALWAY

Paramos na cidade de Galway. A guia caminha rápido e algumas pessoas tiveram que quase correr para acompanhá-la. Um senhor mais idoso se irritou e deu uma bronca nela. Acho que ela não deu muita pelota.

A cidade é pequena e graciosa. O ônibus ficou estacionado num parking perto de uma grande igreja. Caminhamos, e alguns quase correram, até o centrinho com ruas de pedra, lojinhas, restaurantes. 

Numa esquina paramos para ver um grupo de jovens que, com sua banda, tocavam e cantavam um rock certinho. Acho que nesse país todos sonham com o sucesso como o de Bono Vox e sua U2.  
Continuamos a viagem. Passamos por um lugarejo, não lembro o nome, onde ocorre no mês de setembro, um encontro de solteiros de toda a Irlanda. A cidadezinha de cerca de mil habitantes recebe por volta de vinte mil pessoas que estão em busca do amor verdadeiro.

CLIFFS OF MOHER

Chegamos ao Cliffs of Moher. Estava tudo envolto em muita neblina. Caminhamos até próximo ao penhasco, mas não foi possível ver muita coisa e o frio não dava trégua. Adélia comentou que essa era a primeira vez que vestia casacão para ir passear na praia. Dei risada, ela tem toda razão.
Retornamos ao local onde ficam as instalações para os turistas. Em uma sala assistimos num grande telão, a um pequeno filme que mostra a vida dos pássaros que fazem seus ninhos nesses penhascos. A natureza caprichou nessa região.

Cliffs of Moher.

Depois do almoço, quando nos dirigimos ao ônibus, a neblina já havia se dissipado e foi possível ver a formação rochosa que desce até o mar, em ângulo de 90 graus. Só faltou um pouco de sol para deixar a paisagem ainda mais atraente.

17.06.2015

Antes de partir para Londres aproveitaremos para conhecer alguns lugares, o que for possível no tempo que nos resta. Cada grupo foi para um lado. Eu e Adélia resolvemos ir até a National Gallery. O museu é pequeno, algumas obras de grandes pintores, mas nenhum quadro muito famoso.


Estátua de Oscar Wilde
Perto da National Gallery fica o parque Merrion Square. Fomos até lá tirar uma foto com Oscar Wilde. O lugar é bem agradável, muito arborizado, florido. O parque é quadrado e numa das pontas está à estátua de Oscar, com um terno colorido, deitado languidamente sobre a pedra.

No dia da chegada a Dublin, às companheiras foram até o Temple Bar e lá encontraram um grupo de irlandeses vestidos com kilts e dançando sem cuecas. Um deles arrancou a cueca e jogou pra cima. Eu estava com o pé doendo e preferi ficar na O’Connell Street, perdi essa performance inusitada pra mim. 


Adélia sugeriu que almocemos por lá, para que eu conheça esse bairro de estilo medieval e cheio de pubs, restaurantes, danceterias, galerias de artes.

Para encerrar esse nosso último dia em Dublin, algumas comprinhas antes de ir para Londres.

Gostei bastante das duas principais cidades da Irlanda. Talvez um pouco mais de Belfast que me pareceu uma cidade mais organizada e mais tradicional. Dublin tem mais cara de grande metrópole e cidade turística. Muitos estrangeiros vêm para cá estudar e aprender o idioma, acho que isso ajuda a aumentar essa impressão de uma cidade mais cosmopolita.


Recomendações

The Rupley Court Hotel
37 Talbot Street, D1 Dublin, Ireland
Phone: +35318365892

The Lotts Café Bar
9 Lower Liffey Street
Dublin 1
Irlanda

The Old Storehouse Bar e Restaurante
3 Crow Alley  - Temple Bar
Dublin 2
Irlanda

Le Bon Crubeen
81-82 Talbot Street
Dublin 1