28 novembro, 2016

GRAMADO - 2016

No início do ano combinamos uma viagem a Gramado no mês de novembro. Vamos novamente assistir a programação do Natal Luz. É a terceira vez que vou a Gramado e a segunda no período das festividades de Natal. Da última vez quase morri de frio na noite do desfile natalino. Dessa vez vim mais preparada que um esquimó, não vou tremer de frio de jeito nenhum. Graça contratou uma VAN para nos levar ao aeroporto. Valdea, Célia, Dayse, Graça, Sabrina, Ana Clara, Rosane e eu, prontas para uma semana de relax.


09.11.2016 

Por volta das 06:00 da manhã, fizemos uma parada técnica (pipi e cafezinho) no restaurante Sabor Rural, em Rio Bonito. Logo avistei na mesa ao lado dois colegas da Petrobras que ainda estão na ativa. Toda vez que paro aqui sinto uma sensação estranha, como se ainda estivesse trabalhando. Foram tantas vezes que estive aqui nas viagens a trabalho que ainda não consegui desassociar a imagem desse lugar da minha vida laboral.

Na televisão do restaurante escuto a notícia da vitória de Trump na eleição presidencial nos Estados Unidos. Fiquei bege!!! Daqui a pouco a Europa também vai ser contaminada por essa loucura. O mundo está enlouquecido.
Chegamos bem cedo ao aeroporto. Quando entramos na fila do check-in e abri minha carteira, fiquei apaaaaaavorada. Não tinha trazido nenhum documento. Vixe, isso nunca me aconteceu! Lembrei-me que quando levei meu carro na Citroen há duas semanas, o rapaz que me atendeu colocou minha identidade e carteira de motorista dentro da carteira de documentos do carro. Deveria ter tirado de lá de imediato, mas me distrai. Resultado, há duas semanas estou andando por aí sem documentos.

E agora, o que fazer? Expliquei para o atendente da Gol o meu problema e ele foi categórico: 

- Não é possível embarcar sem documentos, não há o que fazer.
Pensei em ligar para o meu filho e pedir que ele levasse meus documentos até o Rio. O horário que o atendente disse que poderia trocar a passagem não era viável, Vicente não chegaria a tempo com meus documentos. Já estava desistindo quando Graça me chamou e falou baixinho:
- Se vc for a Policial Civil e disser que perdeu seus documentos eles darão um jeito de vc embarcar.

Saímos andando rápido a procura da sala da Policia Civil. Ainda bem que chegamos cedo ao aeroporto, caso contrário essa opção talvez não resolvesse a situação. Chegando lá, falei com o policial que havia perdido meus documentos na parada que fizemos na estrada. Ele apenas perguntou quais documentos eu havia perdido, me deu um formulário e pediu-me pra preencher os dados solicitados. Preenchi tudo, o policial ficou com uma via, carimbou e assinou outra via e me entregou. Pronto, estou com um documento com todos os meus dados pessoais e a informação que os meus documentos foram extraviados.  Foi só apresentar o documento e embarcar. Santa Graça, se não fosse por ela eu teria que voltar pra Macaé com uma mala cheia de roupa de lã e um calor de 30 graus.







Nosso hotel Serra Nevada fica em Canelas, é agradável e razoavelmente confortável. Descansamos um pouquinho e saímos para jantar. Fomos ao Cara de Mau, um restaurante com uma temática de navio pirata. Chovia um pouco e noite estava fria, mas suportável. Quando descemos do carro um pirata nos esperava com um guarda-chuva. Nossa amiguinha Ana Clara, neta de Graça e filha de Sabrina, mas que depressa pediu para tirar uma foto com o gatinho pirata. Valdea fez o mesmo, abrindo concorrência com Ana. Isso rendeu brincadeira entre Ana e Valdea, pelo resto da viagem. O restaurante é bem movimentado, tem um clima alegre e descontraído e os atendentes são todos jovens simpáticos e vestidos de piratas. Valdea pediu a um deles que tirasse um retrato com ela. O simpático falou: - Não é retrato, é foto. Ihhhh! Chamou de velha! Exatamente como ela fala conosco quando falamos as palavras: retrato, poltrona, caiu a ficha. A pizza não foi nenhuma maravilha, mas o ambiente compensou.

10.11.2016

Chicão, nosso guia no passeio de hoje

Acho que para descansar e relaxar não basta apenas estar fisicamente distante da nossa rotina. É preciso se desligar dos problemas, das pessoas, das tarefas diárias. Viver novas experiências, conhecer coisas e pessoas novas e rir muito, são ingredientes imbatíveis para um merecido descanso. Dormi como um anjo e acordei descansada e bem disposta. Estou dividindo o quarto com Dayse, pela primeira vez. Acho que nunca tive problema com companheira de quarto e espero que continue assim. Descemos para o café e encontramos o hotel repleto de adolescentes. Essa não me parece uma cidade atraente para adolescentes, ou pode ser que tenha alguma atração que eu desconheça.

Começamos pela Catedral de Pedra em Canelas. Ela é rústica, gótica, linda.

Cascata do Caracol

Seguimos em direção a cachoeira do Caracol. Na estrada passamos primeiro pelo Parque do Caracol, onde estive da última vez que vim a Gramado, os bondinhos ficam mais adiante.

São três bondinhos, todos fechados, o que dá uma sensação maior de segurança, e levam oito pessoas. Descemos até a primeira plataforma.

São três plataformas. Na primeira encontramos algumas lojinhas, lanchonete, sanitários e daqui já se pode ver a cachoeira. Na segunda é possível tirar algumas fotos com profissionais e na terceira chegamos bem mais perto da cachoeira. A natureza quando intocada é sempre linda. A floresta com a cachoeira ao fundo, forma uma dupla atração. Lembrei que quando fui a parque do Caracol, anos atrás, tinha uma trilha de onde se podia chegar lá embaixo, pertinho da cachoeira. Deve ser um belo passeio, mas acho que já não tenho pique, a idade pesa. Nosso guia Chicão falou que esses bondinhos são iguais aos do complexo do alemão. Ele conhece bem as favelas do Rio e falou em vários passeios pelo Alemão, Dona Marta, Rocinha, Vidigal... Disse que quando quisermos fazer algum desses passeios é só avisar. Tô fora! Acredito que tem muito programa interessante nas favelas, mas com a violência descontrolada no Rio de Janeiro eu não tenho coragem de arriscar. 

O parque tem mais duas atrações: uma trilha pelo meio da mata nativa com placas com informações sobre a flora e o nome dos animais que habitam aquela mata e um pequeno museu com esculturas de animais. A trilha é curta, mas é bem agradável andar pelo meio da mata sentindo aquele cheirinho característico de mato e terra úmida. No final da trilha vimos uma planta com um formato fálico, o que nos lembrou uma amiga nossa que sente muita falta da presença de um bilau na sua vida. Valdea tirou uma foto da planta e mandou pra ela matar saudades.

No Museu, as esculturas feitas por um imigrante japonês, tem pequenos ressaltos no seu corpo que, quando passamos um rolinho de madeira sobre eles, produzem o som característico emitido por aquele animal. As crianças devem gostar.

Seguimos para o Mini Mundo. Esse também é um passeio para criança, na minha opinião. Estive aqui a primeira vez há mais de vinte anos.  Há cinco anos atrás, quando retornei a Gramado, preferi passear pelas ruas no entorno do Mini Mundo. São ruas arborizadas com lindas casas e jardins mais lindos ainda. Hoje vou visitar essa atração novamente, ver as miniaturas de vários prédios, castelos, estações que existem na Alemanha. Vários desses prédios eu já visitei o original em uma viagem que fiz pela Alemanha. 

Lago Negro

atração, Lago Negro. Esse é um lugar apropriado para um momento de descanso. Os pedalinhos com formato de cisne passeando pelo lago, a floresta em volta do parque, o solzinho morno, tudo isso é um convite à preguiça. Fomos caminhando devagar em volta do lago. De repente passa um rapaz com camiseta vermelha onde estava escrito em letras grandes o nome "JORGE". Esse nome é sempre lembrado porque é o ex-marido de uma de nossas amigas e Valdéa não permite que o "falecido" descanse em paz. Aliás, Guilherme Mauricio, outro "falecido" também não tem descanso. Quando estive nesse parque em 2010, comprei pra minha mãe uma guirlanda que tinha um casal de velhinhos, ele vestido de papai noel,  sentados entre as flores. Minha mãe, que tinha mais de noventa anos, sofria com o mal de Alzheimer e já não sabia exatamente quem ela era.

- Mãe, trouxe essa guirlanda pra você enfeitar sua porta para o Natal. Achei essa velhinha parecida com você.

-E quem é esse velho que está comigo? Eu não conheço esse gordo não. 

Eu me divertia com as bobagens que ela falava e entrava no ritmo para que ela também se divertisse. Nessa fase ela ainda não sofria tanto com essa terrível doença. 

A noite fomos assistir ao Desfile de Natal. Agora o desfile acontece dentro de um grande pavilhão que nos protege do frio. Os turistas agradecem!!! 

Desfile de Natal

O desfile esse ano conta a história de uma menina que deseja conhecer a história de seus pais e reviver a alegria do Natal. O desfile todo gira em torno das memórias natalinas dos seus pais. As músicas são lindas, os figurinos também, mas o som é ruim, a acústica é péssima o que impede um melhor entendimento da história. Tô legal de desfile, esse é o segundo que assisto e provavelmente também será o último. Na volta descemos próximo ao hotel e fomos procurar um restaurante. Já era tarde e o único que encontramos aberto foi o Galangal, de comida asiática. Gostei do ambiente, da caipirinha e da comida.

No Mini Mundo

Na madrugada acordei com uma ventania entrando pela janela aberta bem ao lado da minha cama. O vento forte jogava a cortina em cima de mim, mas a preguiça era tanta que achei melhor esperar o vento parar, virei as costas para a janela e dormi. 


11.11.2016

O motorista da Van que vai nos levar para o tour de hoje, contou sobre a ventania da madrugada. Disse que foi um pequeno tornado e que esses ventos fortes tem sido frequentes nessa região. Visitamos algumas lojas de malhas, sapatarias, fábrica de cristais e de chocolate.
As companheiras fizeram um estrago nas lojas de sapato. Em uma das lojas, que vendia objetos para decoração natalina, um homem procurava por Papai Noel com roupa azul. Não entendi nada...nunca vi com roupa azul. A atendente disse que já tinha acabado, mas que ia chegar mais. Alguém perguntou ao homem o porquê desse pedido.- Sou gremista, na minha casa não entra Papai Noel colorado. Ah! O futebol, essa paixão que alguns levam tão a sério. A fábrica de chocolates Caracol é bem interessante. Você começa a visita observando uma pequena fábrica de chocolate do outro lado do vidro, numa linha de produção que começa na preparação básica do chocolate e termina na decoração dos bombons. Alguns empregados trabalham enquanto os turistas observam. A visita continua por um espaço temático que conta a história do chocolate, com figuras que parecem bonecos de cera que executam alguns movimentos. Célia, que é medrosa, não gostou dos bonecos e foi saindo de fininho. Onde você acha que termina a visita? Se você respondeu que foi numa lojinha, acertou. Uma tentação ao olfato, a visão, ao paladar. Difícil de resistir! Terminamos o passeio nas lojas do centro de Canela. 

A noite fomos assistir ao espetáculo Natal pelo Mundo, que conta a história de uma moça que encontra seus amigos de infância e conta pra eles o que vivenciou  em suas viagens pelo mundo. Nas conversas vão sendo mostrados como os países comemoram o Natal. Os cenários vão sendo alterados de acordo com o país que está sendo apresentado. Um grupo de dançarinos, com belo figurino e ótima coreografia, mostra a dança típica daquele país. Descobri que ainda não conheço tudo sobre essa comemoração em outros países. Gostei, apesar do som que não é bom.

O espetáculo acontece no mesmo local do desfile da noite anterior. Não ficamos nas cadeiras, que são poucas e muito caras. A arquibancada é boa, mas maltrata o traseiro. Hoje fui prevenida, trouxe uma pequena almofada do hotel porque ontem saí daqui com a bunda quadrada. Alguém comentou que depois de duas horas sentada descobriu que tinha osso na bunda.

Chegamos tarde no hotel e o restaurante já estava fechado. Resolvemos fazer um pequeno lanche. Pedi um chocolate quente com um sanduíche de salada e queijo. O sanduíche era enoooorme e o chocolate tinha a consistência de uma mousse. E ainda tinha uma porção de batatas fritas. Valdea disse que certamente teríamos pesadelos depois de toda aquela comilança. Lembrou de Valéria, sua irmã, quando ambas estavam em um SPA. Durante a madrugada Valéria começou a falar dormindo:- Puliiiça!  Puliiiiça! Valdea, medrosa, ficou quietinha escutando. Pela manhã contou pra irmã o ocorrido e Valéria lembrou que sonhou com um assalto em sua casa. Nesse caso, como estavam num SPA, o problema deve ter sido a fome.

12.11.2016
Cidade das Hortênsias
 

Todos os dias depois do café Célia, Valdea e eu, sentamos em frente ao hotel e papeamos até a chegada da Van que nos leva para algum passeio. Nesse papo fazemos algumas comparações entre Macaé e Gramado. Aqui os motoristas realmente respeitam a faixa de pedestres. Você pode atravessar tranquila que todos os carros param. E são muitas faixas! Também não vi carros em alta velocidade dentro do perímetro urbano. Outra coisa que notamos foi a quantidade de enfeites natalinos distribuídos nas fachadas das casas e lojas, em árvores nas praças.... pra onde a gente olha tem enfeite. Uma árvore na calçada do nosso hotel está enfeitada desde o início de novembro com figuras de feltro, muitas e grandes. Eu disse:

-Se fosse em Macaé essa árvore ia amanhecer pelada, sem um enfeite.

Minhas amigas concordaram, infelizmente. Aliás, isso não  é privilegio da nossa cidade pois acho que o mesmo ocorre em todas as cidades do nosso Estado.
Partimos para Nova Petrópolis. A cidade é pequena, com maioria da população de descendentes de alemães, limpinha, arborizada, bucólica, como são as cidades dessa região. Em uma loja conversei um pouco com uma atendente, branquinha de olhos azuis como a maioria das pessoas daqui. Ela me disse que a maioria da população fala alemão, além do português. Todos foram para o  jardim da praça principal, conhecer o labirinto. Eu já estive aqui antes, então preferi andar pela rua principal e pegar um solzinho como o meu corpo está pedindo.
No retorno paramos em um lugar cheio de malharias. Não aguento mais ver roupas de lã, sinto calor só em olhar.

Á noite  fomos assistir ao último show, que é o melhor dessa viagem. O espetáculo "Eu sou Maria" acontece ao ar livre no lago Joaquina Bier. Imagine uma noite friiiiiia! Como eu disse anteriormente, vim preparada para a friagem porque da última vez trouxe uma mala com roupas apropriadas para um final de semana em Búzios. 

EuRosane, Sabrina e Ana, estávamos bem agasalhadas. Graça não sente frio, é isotérmica. Dayse veio com uma blusa de lã e trouxe uma blusinha de malha "para trocar de blusa se fizer calor". Kkkkkk, calor aqui nesse lago? Só calor humano. A blusinha serviu para aquecer as mãos. 

Agora, Célia pensou que ia pra Búzios realmeeeeente! Com uma blusinha fina e um casaquinho de tecido de algodão, a moça tremia mais que vara verde. Mal conseguia falar:

-Estou congelando, tenho que comprar aquela manta que a mulher tá vendendo. Tentei cobrir as costas dela com uma parte do meu casaco até que a mulher da manta aparecesse. Valdea nos viu assim agarradinhas, tirou uma foto, postou no grupo das Poderosas e disse: "Saíram do armário "Quando a vendedora chegou e ofereceu uma manta por quarenta reais, Célia pagou e se cobriu rapidamente, mas ainda demorou a parar de tremer.- Você daria sessenta reais, né não?

Daria cem reais se ela pedisse, porque do contrário eu ia acabar morrendo congelada.

Ela deu azar, porque viria com um casaco roxo todo forrado de lã por dentro e uma calça também roxa. Quando Valdea viu aquele casaco que parecia meio inflado, tudo roxo, falou:- Amiga, você está parecendo a Noelete, aquela gordinha do teatro de ontem. Aquela que quando caia no chão não conseguia levantar por causa da gordice. Lembra? Pronto! Célia preferiu encarar o frio com a roupa de Búzios do que ficar parecida com a Noelete. 

O espetáculo inicia com uma queima de fogos. É um grande musical com muitos cantores, bailarinos, atrizes e atores que contam a história de Maria e o nascimento de Jesus. Muitas músicas são conhecidas e o público acaba cantando junto. Foi emocionante, o melhor dos espetáculos que assistimos.

13.11.2016

Acordamos bem cedinho pra um passeio a Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha e Carlos Barbosa. 

Em Carlos Barbosa embarcamos na Maria Fumaça rumo a Bento Gonçalves. Logo na saída nos entregam uma pequena taça pra degustação de vinho. Durante o trajeto, que dura umas duas horas, os grupos folclóricos vão animando a viagem com muita música italiana e gaúcha. O trem faz uma parada em Garibaldi. Um grupo de músicos vestidos com roupas típicas da Itália cantava a música La Bella Polenta. Tomamos vinho, tomamos espumante e dançamos a Bela Polenta. Lembrei de meu avô, que adorava polenta e gostava de cantarolar essa música. Era desafinaaado, o meu Nono!

O dançarino parece com meu avô
Visitamos a vinícola  Peterlongo na cidade de Garibaldi, fundada há quase cem anos. Sua sede funciona num casarão bem antigo e imponente. Fizemos uma pequena visita guiada e participamos de uma degustação de champanhe e espumante. Delícia!

Estranhei que estivessem usando a denominação champanhe para a bebida, visto que só as vinícolas francesas da região da champanhe podem usá-la. O enólogo explicou que a Peterlongo utiliza o mesmo método de elaboração da bebida produzida na França desde 1915 e só alguns anos depois a França patenteou a utilização desse nome e a partir daí ninguém mais pode usar a palavra champanhe para denominar essa bebida. Exceto a Peterlongo.

Descansando  a sombra dos parreirais
Sede da Peterlongo

14.11.2016

Hoje, nosso último dia em Gramado, dormimos até mais tarde. Nós merecemos um pouco mais de descanso. Vamos conhecer o Parque dos Dinossauros. Parece mais um programa de criança, mas estamos envelhecendo e é bom ir se acostumando a ser criança novamente. Logo na entrada do parque tem uma mini fábrica de chocolates. Aonde vamos essa tentação nos persegue. Passamos pelo restaurante onde vamos almoçar e iniciamos a descida por um caminho margeado por árvores e figuras de animais esculpidos. É coisa pra criança mesmo, mas o lugar é agradável e a temperatura amena ajuda na caminhada. O problema é que a caminhada é morro abaixo e já estou pensando no retorno, morro acima. Ufa! Cansada só de pensar. À noite fomos ao centro assistir ao momento que as luzes se acendem, é tradição por aqui. Caminhamos um pouco nas ruas lotadas de turistas, paramos para apreciar a catedral iluminada, as lojas lindamente decoradas, a música que atrai e emociona...nem vi as luzes acenderem. Acho que não teve o mesmo impacto que percebi da última vez que estive aqui. Já tinha muita luz acesa então o contraste não foi tão marcante. Fomos matar a fome numa sequência de foundi num restaurante ao lado da praça da igreja. 

15.11.2016

Embarcamos para Porto Alegre, acabou minhas "férias". Fui ouvindo um sonzinho no celular para ajudar a passar o tempo. Célia e Rosane tiveram excesso de bagagem. Não é de se admirar, Célia comprou uns vinte pares de sapato e Rosane uns dez quilos de chocolate. Brincadeirinha!!!! Exagerei um pouco, mas só um pouquinho. Na conexão em São Paulo, enquanto tomávamos um cafezinho, dois rapazes sentados ao nosso lado beijavam-se e faziam carícias no rosto um do outro. A todo instante os olhares dos que passavam se voltam pra eles com jeito de espanto ou reprovação. Acho que Ana não está por perto porque se estivesse ia falar seu bordão preferido: Me poupe! Ainda vai levar um tempo para que essas manifestações de carinho sejam encaradas com naturalidade por todos. Chegamos ao Rio no final da tarde. Quando nos aproximamos do desembarque Célia avistou a neta Isadora que a esperava junto com os pais e a irmãzinha. A vovó ficou numa alegria só. No caminho paramos no "Sabor Rural" onde, pra fechar com chave de ouro esse período de comilança, devorei um caldo de mocotó dos deuses. Agora é iniciar o regime em caráter de urgência pra eliminar, chocolate, sobremesa, carne e outras coisinhas mais, porque a temporada de festinhas de confraternização está chegando e a comilança vai rolar solta.