14 setembro, 2004

BRUXELAS, ANTUÉRPIA, BRUGES, LUXENBUGO

10.06.2004

Grand Place

Grand Place
Seguimos de trem para Bruxelas. A viagem foi tranquila e durou mais ou menos 3 horas. O nosso hotel fica um pouco longe do centro, mas é possível ir a pé. Deixamos as malas e fomos direto para a “Grand Place” . Realmente esta praça faz jus à fama de ser a mais bonita grand place da Europa. Nos arredores da praça existem vários restaurantes. Escolhemos um deles e comemos um prato típico, pato acompanhado de batatas e uma massa, enquanto olhávamos o movimento de turistas que passavam pela praça.

11.06.2004
Manekinho
Pela manhã fizemos um tour pela cidade. Vimos o Atomium, monumento bem conhecido que foi construído para a exposição mundial de 1958 (acho que aquelas bolas imensas ligadas umas às outras representam átomos de alguma matéria, não sei qual) passamos por algumas construções antigas, palácios, etc. Paramos no monumento conhecido como Manneken-Pis. A palavra monumento, neste caso, é um exagero. É só um bonequinho mijão não muito diferente do nosso manequinho que está em Botafogo.

Fizemos um passeio a cidade de Antuérpia e retornamos a noite.

Atomiun
Saímos para jantar e alguém nos avisou que tomássemos cuidado com os restaurantes próximos a Grand Place, alguns são uma “cilada”. Sentamo-nos no bar Jery (bar do tin tin), escolhemos uma cerveja entre as mais de 300 cervejas produzidas neste país. Aqui a carta é de cervejas e não de vinhos e cada cerveja é servida em seu próprio copo, ou seja, existe um tipo de copo para cada marca de cerveja. Achei a ideia muito interessante.

Ruelas em volta da Grand Place
Mais tarde saímos em busca de um restaurante para o jantar. Entramos em uma ruazinha estreita, piatonal, com restaurantes dos dois lados da rua. Alguns tinham música ao vivo e o clima da rua era bem alegre. A fome já era muita e um cartaz na porta de entrada de um restaurante nos atraiu. Era uma paella para 3 pessoas por um preço que nos pareceu razoável. Escolhemos uma mesa próxima à janela para ouvirmos a música francesa que tocava no restaurante em frente ao nosso. Logo que sentamos nos serviram uma cesta de pães maravilhosa e uma taça de champanhe, cortesia da casa. Começamos a desconfiar que o preço declarado no cartaz não era exatamente para 3 pessoas. Quando a comida foi servida já havíamos tomado champanhe e vinho e o preço já não importava mais. A paella só de frutos do mar estava sensacional: camarões enormes, lagostins, lulas, etc... 

Jantar Inesquecível
Como já desconfiávamos, o cartaz na entrada do restaurante era uma “cilada”. A foto era de um prato que servia 3 pessoas, mas o preço afixado era “por pessoa”. Valeu a pena, a paella foi inesquecível, e o preço também.

11.06.2004
Seguimos para Antuérpia a terra dos diamantes. A Bélgica produz 70% dos diamantes lapidados do planeta. Sorte minha não me sentir atraída por joias, pedras preciosas e coisas afins. Para os apaixonados por joias é muito difícil sair ilesa dessas lojas de lapidação de diamantes. Fiquei satisfeita com os “Diamonds”, chocolates em forma de diamantes. 

Visitamos a catedral de Nossa Senhora que possui algumas pinturas de Rubens. Alguns quadros são divididos em três partes. Fez-me lembrar de alguns altares góticos que vi em uma viagem ao leste europeu. São quadros muito bonitos. Parece-me que Rubens nasceu aqui ou viveu por aqui alguns anos. 

Encontramos pelas ruas vários judeus vestidos de preto e com aqueles cachinhos nos cabelos pendurados ao lado rosto. É a primeira vez que vejo tantos judeus ortodoxos, pelo visto são muitos por aqui. Ah, por isso tantos diamantes. 

Retornamos para Bruxelas no final da tarde.







12.06.2004

Contratamos um tour local para a cidade de Bruges. No caminho fizemos uma parada na cidade de Gent. Visitamos a catedral de St. Bavón que também tem quadros de Rubens. Durante a visita um coral ensaiava uma música em latim. Fico imaginando como seria cantar com o coral da Petrobras numa igreja com essa acústica. Quem sabe algum dia não cantamos na igreja da Candelária, no Rio...

Nessa cidade o idioma falado não é o francês. Eles falam o “flamengo”. Com esse nome, deve ser uma língua bem bonita, vibrante, calorosa. Em Antuérpia e Bruges a língua falada também é o flamengo.

A cidade de Bruges é uma gracinha. Enfrentamos uma longa fila para o passeio de barco. Os canais são estreitos e atravessamos sob várias pontes bem antigas que lembram muito bem o passado medieval dessa cidade. Em seguida caminhamos pelas ruas estreitas da cidade em direção a praça central. Pelo caminho muitas lojinhas vendendo chocolate e também a famosa renda de Bruges. Comprei umas borboletas de renda, pequeninas e muito delicadas. Vou levar para duas amigas, acho que elas vão gostar de coloca-las na gola de alguma camisa. 

Estamos em um grupo muito grande e o guia parece um pouco confuso, tendo que repetir as informações em várias línguas. A cidade merece uma visita mais demorada.

À noite, já em Bruxelas, fomos a um bar bem legal. O “La Morte Subit” (morte súbita) é bem frequentado e muito aconchegante. Como a maioria dos bares por aqui, não há muita variedade de belisquetes. As pessoas vêm mesmo é beber, encher “a cara”, eu diria. Pedimos várias cervejas diferentes, algumas com sabor de frutas que eu nem provei pois não gosto de bebida doce. Tudo ia muito bem até que nos levantamos para ir embora e percebi que o bar estava girando. Mama mia, não é que a cerveja levinha quase me derruba ? 

13.06.2004

Hoje fomos conhecer a província de Luxemburgo e o Grão Ducado de Luxenburgo. São duas cidades diferentes apesar do mesmo nome. A província pertence à Bélgica e o Grão Ducado é um Estado independente.

PROVÍNCIA DE LUXEMBURGO
A região é muito bonita, cercada de florestas. Faz muito frio no inverno, chegando até 25º negativos. Na província visitamos um castelo que pertencia ao rei Godofredo de Bouillon, que lutou nas cruzadas. Acho que participar das cruzadas era sinal de virilidade para os homens daquela época. Esse castelo é o primeiro que conheço que mantém uma aparência bem original, como deveria ser realmente um castelo na idade média: escuro, úmido, bem rústico. Está muito bem preservado o espírito primordial para o qual foi construído: defender seus ocupantes. No pátio externo havia um homem vestido com roupas de época fazendo uma apresentação com uma ave, acho que uma águia. Bem legal.
Castelo de Godofredo Bouillon

Seguimos para o Grão Ducado De Luxemburgo

Grão Ducado de Luxemburgo

Almoçamos e em seguida fizemos um tour pelos monumentos da cidade. Caminhando pelas ruas que estavam meio vazias (hoje é domingo) passamos pelo palácio imperial e assistimos à troca da guarda. A cidade é pequena e dá para conhecê-la a pé, mas tem que ter disposição porque são muitas subidas e descidas. Aqui do alto é possível ver, na parte mais baixa da cidade, muitas casinhas antigas de três ou quatro andares, que me lembram as que vi em Amsterdan.

Tudo é muito limpo, bem conservado, florido. Esse Estado sobrevive, assim como acontece na Suíça e alguns outros países, como um paraíso fiscal. Sei que esse é um negócio lícito, mas também todos sabem porque ele é tão rentável. Acho que eu me sentiria envergonhada, se tivesse nascido aqui, de ostentar uma vida de tanto conforto sabendo o quanto isso custa em prejuízo a tanta gente pelo mundo afora. 

No final do passeio, sentamos em um restaurante com mesinhas na calçada e pedimos um chocolate quente com creme, fumegante, para combinar com o frio do final de tarde. 

Uma orquestra infantil se apresentava na praça que é toda cercada de restaurantes com mesinhas ao ar livre. Bebíamos o chocolate e ouvíamos a música. Delícia!!! Já falei que essa é uma das partes que mais gosto nesses passeios ?