03 junho, 2010

LISBOA

LISBOA


29.09.2005

" Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal"



Saímos de Sevilha pela manhã, rumo a Lisboa. Finalmente vou conhecer a terra de Fernando Pessoa.

No caminho muitas oliveiras e uma outra árvore, que não me recordo o nome, de onde se prepara a cortiça. Entramos em Portugal e já notei a diferença na paisagem. A aridez foi sendo substituída por uma terra com muito mais verde. Passávamos pela região do Algarve – novamente os árabes, que também estiveram por aqui – sul de Portugal. Parece-me que a região sul é mais pobre que o norte. A guia informou que o clima aqui é bom e que o turismo é a principal economia do lugar. Ela falou sobre o Algarve com muito entusiasmo e depois descobrimos que ela mora aqui.

Chegamos à cidade que fica sobre sete colinas e banhada pelo rio Tejo.
No hotel deixamos as malas e partimos para o shopping “Vasco da Gama” e em seguida fomos conhecer o oceanário de Lisboa, o segundo maior do mundo (o primeiro está na China). Graça não quis conhecê-lo, optou por ficar lá fora olhando a lojinha. Não sabe o que perdeu. Adoramos o oceanário!!!!

30.09.2010


Saímos bem cedo para conhecer alguns dos pontos mais famosos dessa cidade. Começamos pelo Mosteiro dos Jerônimos. O prédio enorme é lindo e imponente. Tem um estilo meio gótico, acho eu. Aqui estão enterrados, além de reis e rainhas, Vasco da Gama, Camões e Fernando Pessoa. Boa parte das esculturas são símbolos da navegação que demonstram a vocação de navegadores desse povo.

Perto do Mosteiro outra atração imperdível de Lisboa, os pastéis de Belém. Dizem que a receita jamais foi revelada. Então, todos os pastéis com esse nome que comemos por aí, são cópias aproximadas do original. Lembrei do pastel de nata que meu marido sempre traz de Quissamã. É uma versão grosseira do pastel de Belém, mas também é gostoso. Realmente é uma delícia esse doce polvilhado com açúcar e canela.

Em seguida fomos a Torre de Belém e o Monumento aos Navegantes. A Torre também tem influência do estilo mourisco, tão presente na arquitetura da Espanha e Portugal. O Monumento aos Navegantes faz lembrar uma caravela. Nas laterais, esculturas de vários personagens ligados à navegação, destacando na parte mais alta, a figura do Infante Dom Henrique, o Navegador, que segura nas mãos um barquinho.

Durante a viagem ouvi falar várias vezes do terremoto de 1755, que foi seguido de um tsunami e incêndio que destruiu grande parte da cidade. Mesmo tendo sofrido esse revés a cidade se recuperou muito bem. Ainda tem muitas construções antigas e históricas que, acredito, devem ter sido recuperadas. Li certa vez que vários mosteiro e igrejas foram destruídos nesse terremoto, o que abalou a fé dos portugueses, que por sua religiosidade e esforço de evangelização das colônias, imaginou que estaria imune as forças da natureza. Que ilusão, o ser humano tem a mania de achar que conhece Deus e o seus desejos. Delírio!

Partimos para conhecer Cascais Estoril e Cintra.

Á noite, já em Lisboa, fomos à boate “LUX”. No caminho o taxista nos contou que essa boate é frequentada por pessoas famosas e que o último famoso que lá esteve foi o Sean Cornery. Imaginei que, se for verdadeira a informação, só vamos conhecer a LUX por fora. Não deu outra, não é para o nosso bico. Na verdade, não ficamos nem sabendo o preço da entrada, fomos avisadas que só se entra com convite. É claro que perceberam nossa aparência de turista vira-lata. Depois ficamos sabendo que o convite custa 180 euros.

Fomos para as docas. O lugar é muiiiiiito legal. Cheio de bares animados, alguns com música, e muita gente bonita.

01.10.2005

O dia hoje foi para conhecer Fátima, Batalha, Nazaré e Óbidos.


Fábrica dos Pastéis de Belém

Mosteiro dos Jerônimos
























01.10.2005

O dia hoje foi para conhecer Fátima, Batalha, Nazaré e Óbidos.

02.10.2005

Vista do Castelo de São Jorge

Pela primeira vez acordamos mais tarde nessa viagem. Fomos até a praça dos restauradores pegar um “elétrico” (bonde) para visitarmos o castelo de São Jorge. Logo na saída o bonde bateu em um carro e levamos o maior susto. Conceição e Cláudia ficaram cheias de caquinhos de vidro, mas não se machucaram.
O castelo é igual a outros tantos que já visitei. A vista daqui de cima é que é muito bonita. Lembra a baía de Todos os Santos vista da mureta ao lado do elevador Lacerda em Salvador. Definitivamente essa cidade e Salvador tem muitas semelhanças.
À tarde fomos ao Shopping Colombo, almoçamos por lá e fizemos as últimas comprinhas. O shopping é belíssimo, um dos mais bonitos que já vi.
Á noite não tivemos condições de sair. O cansaço era demais.

03.10.2005

Hoje é véspera da nossa partida. Já estamos desacelerando. Fomos visitar a estufa fria e estufa quente onde são cultivadas várias espécies de plantas de clima tropical. Em seguida visitamos o Museu Gulbekian. O milionário Gulbekiam, de origem turca, comprou ao longo da vida inúmeras obras de arte. Por conta dos impostos esse acervo ficou espalhado por vários países. O sonho do colecionador era juntar todas as obras de arte em um único museu. Isso só foi possível em Portugal. O museu é gostoso de visitar, não é tão grande e tem esculturas, pinturas, móveis, adornos, etc...
Almoçamos no Colombo. Mais tarde eu e Conceição fomos a um concerto para órgão na Sé Patriarcal de Lisboa. A noite arrumamos as malas e nos preparamos para o dia seguinte.

04.10.2005

Saímos de Lisboa as 10:00 h. Na fila de embarque encontramos os jogadores da seleção Adriano e Júlio Cesar (goleiro). Estavam vindo para o Brasil a fim de participar de um amistoso. Pedi ao Adriano um autógrafo para Bia, filha de Conceição. Chegamos no Brasil às 16:30 h. A van que nos levaria para Macaé foi pequena para tanta muamba. Viemos embolada no meio de toda aquela tralha. Mas, enfim, deu tudo certo. Agora é descansar e pensar na próxima viagem.

Considerações Finais

Les Bu Pardon de Bouveret









Guernica de Picasso 




















É sempre uma surpresa constatar que mesmo nos países mais ricos da Europa os sinais visíveis de pobreza estão presentes. Acho que é a mesma situação em todos os lugares do mundo.

Por outro lado, é bom conhecer uma cultura tão rica como a espanhola, com nomes tão importantes em todos os campos das artes. Um país que é a mistura de tantas culturas diferentes, tantas influências que resultaram num país que ainda não tem uma unidade, nem mesmo na língua. Tão diferente do nosso jovem Brasil com apenas 500 anos e um único colonizador, o que não significa que a nossa cultura seja mais “pobre”, é apenas diferente.

Gostei especialmente de Barcelona, acho que a cidade merece outra visita.

Em Portugal quase me sinto em casa, principalmente em Lisboa por sua semelhança com Salvador. Semelhança que se restringe a paisagem, ao relevo da cidade, ao casario. Quanto ao espírito camarada e alegre do baiano, não tem nem comparação.

No quesito comida, também adorei Portugal. Adoro bacalhau, comi vários pratos diferentes. Enquanto estive em Portugal comi bacalhau todos os dias. Os doces também são incomparáveis. Erramos na escolha do espetáculo de fado. Optamos por uma casa de fados no Bairro Alto, mas se tivéssemos escolhido uma casa em Alfama talvez tivesse sido melhor.

A culinária na Espanha não me encantou. A melhor paella que já comi foi em Bruxelas, inesquecível pelo sabor e pelo preço (carééérrima). As que comi na Espanha não foram excepcionais. Com certeza não escolhemos os restaurantes mais apropriados. Paciência, não se pode acertar sempre.

Não vou esquecer:

* de Alhambra;
* da emoção de Goretti em frente ao altar da mesquita de Córdoba;
* da cara de Conceição quando o garçom oferecia suco de molocotom;
* dos quadros "Les Bretonnes Au Pardon" de Bouveret (museu Gulbenkian) e "Guernica" de Picasso (museu Rainha Sofia);
* de Ale dançando a dança do ventre no corredor do hotel;
* da risada de Claudinha e Izabel ;
* da Igreja da Sagrada Família em Barcelona ;
* de Graça e Alice furiosas por terem perdido o ônibus em Ávila.

  

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