08 julho, 2011

AREZZO, CORTONA, CASTIGLIONE DEL LAGO, SAN GIMIGNANO, SIENA, VALE DO CHIANTI, MONTALCINO, SAN QUIRICO, TUSCANIA


02.06.2011                BADIA DE POMAIO - AREZZO


Para chegarmos na Badia de Pomaio em Arezzo, enfrentamos uma estradinha estreita e sinuosa, morro acima, por 5 km. A paisagem em volta é de oliveiras, uvas e muitas árvores.

Entrada do cemitério
Subíamos devagar, ansiosas por chegar. Em determinado momento vimos uma entradinha que julgamos ser a entrada do hotel. Era um cemitério. Todas gritaram - Volta, volta..."  .

Chegamos no hotel no final da tarde e nos deparamos com uma paisagem belíssima.


A antiga construção toda de pedra, bem ao estilo toscano, já foi um mosteiro. O gerente Gianini, um baixinho bem simpático, nos recebeu com cordialidade.

Sentimo-nos logo à vontade como se estivéssemos em nossa casa. Sentamos em umas cadeiras no jardim para aproveitarmos o sol daquele finalzinho do dia. Lá embaixo, a cidade de Arezzo. Pedimos uma tábua de queijos e outros belisquetes e cerveja gelada. Quando as tábuas chegaram à mesa (queijos, presuntos, salames, pêra, kuwi e geleia), levamos um susto.
O garçom não havia entendido e trouxe uma porção para cada pessoa. Alguém falou que não íamos dar conta e que deveríamos levar o que sobrasse para o quarto. Que ilusão!!! Só sobrou uma fatia de Kiwi, nada mais.

Ficamos ali, quarando no sol e admirando a paisagem em volta. Amoreiras, oliveiras, ciprestres, lavanda quase em flor, rosas e gerânios, tudo isso mais o gramado que parece um tapete, nos convida para uma foto. Ou melhor, muitas fotos.
À noite colocamos nossas melhores roupas e descemos para o jantar. O garçom que nos atendeu, Giuseppe (versão italiana do comediante Leandro Hassum), foi o mesmo que levou nossas malas para os quartos. Colocou um paletó e se transformou de carregador de malas em garçom. Não me admiraria encontrá-lo de avental, na cozinha. Pelo visto, os empregados são poucos e tem que se virar nos trinta. Ele é uma simpatia, está sempre rindo e fazendo graça. Explicamos a ele que o seu nome em português é José, ou Zé. Passamos a chamá-lo de Zé e ele sempre atende ao chamado.

Novamente alguém foi vítima das minhas distrações. Quando Andréa, minha companheira de quarto, chegou para o jantar disse que havia perdido sua máquina fotográfica. Procurou por todo o quarto e não encontrou. Procurou no hall do hotel onde pouco antes estava usando a internet, e também não encontrou. Perguntou a Giuseppe se alguém  havia achado uma máquina, e a portaria informou que nada havia sido encontrado. Nesse momento comecei a desconfiar que eu tinha culpa nessa história. Subi até o quarto e abri minha mala. Lá estava ela, a máquina, bem por cima das minhas roupas.

Momento de relax
A partir desse momento quando alguma coisa sumia, a turma falava - Procura na mala da Ângela!
Fui “acusada” pelo sumiço de uma sandália havaiana da Fátima, que deve calçar 33 ou 34. Imagine, meu pezão 39 numa sandalinha 33!

03.06.2011                         CORTONA

Cortona
Fomos hoje a Cortona, cidade onde foi filmado “Sob o sol da Toscana”. Ela fica localizada na encosta de uma colina. Por sorte existem algumas escadas rolantes que nos ajudam a chegar até o centro da cidade, lá no alto. Caminhamos pelas ruelas, morro abaixo e morro acima. Logo, como era de se esperar, a fome chegou.

Quando procurávamos um local para o almoço conhecemos a Mara, morena brasileira dona do restaurante Tempero, que já mora em Cortona há 11 anos. Ela disse que não sente falta do Brasil, que a tranquilidade e segurança dessa cidade compensam a distância da Bahia.
Quando entrei no restaurante vi pendurado na parede, vários quadros com paisagens baianas e numa prateleira, no alto, uma imagem de Iemanjá. Diz que não sente falta do Brasil. Pode ser, mas trouxe um pouco da Bahia para dentro do restaurante.  
Cortona


 

                      Cortona

 CASTIGLIONE DEL LAGO

Saímos de Cortona e seguimos para Castiglione del Lago
Como o nome já indica, essa é uma cidade que fica as margens de um lago e, como a maioria das cidades medievais, essa também tem um castelo que, como não poderia deixar de ser, fica no alto de uma colina. E recomeça o sobe e desce. Só assim para conseguir manter o peso depois de tanta comilança. 
Castiglione del Lago
Depois de visitar o castelo, andamos pelas ruazinhas estreitas olhando o casario antigo e as lojinhas. Comprei vários pacotinhos de tempero para levar para o Brasil. Essas pequenas lojas são umas tentações. Se pudesse encheria a mala com os vinhos, os salames, os queijos. Como não vai ser possível, contento-me em comer de tudo, sem restrições. Depois corro, literalmente, atrás do prejuízo.
À noite, de volta a Abadia, durante o jantar, a conversa na mesa girava em torno da sobremesa. Eu, distraída como sempre, ouvi alguém falar que algo parecia com coco de pombo. Pensei que era sobre a aparência de alguma sobremesa. Quando me perguntaram o que eu queria para sobremesa, respondi – “também quero o coco de pombo”. Só percebi o mico quando todas riram. Agora, é aguentar a gozação.

O gerente Giannini nos ofereceu uma garrafa do famoso vinho Brunello de Montalcino. Não achamos nada de muito especial no vinho. Era bom, mas não tão especial como esperávamos. Certamente existem outros Brunellos melhores que esse.

05.06.2011                         AREZZO

Descemos até a cidade de Arezzo. Na descida paramos em uma igrejinha que fica próximo ao hotel. Hoje bem cedo ouvi um sino tocar, deve ter tido missa aqui na igreja. A construção de pedra segue a mesma linha arquitetônica das casas da região. É bem bucólica e combina com a paisagem do entorno. Gosto dessas igrejinhas simples e bem cuidadas. Se o espírito de Deus estiver realmente presente em alguma igreja acho que ele escolheria igrejas como essa, sem luxo e grandeza, mas acolhedora e despretensiosa.

Feira de Antiguidades em Arezzo
Chegamos em Arezzo e nos deparamos com uma feira de antiguidades que tomava todas as ruas do centro histórico. É uma feira enorme e tem muita coisa interessante por bom preço. Não resisti e comprei um pratinho e uma molheira de porcelana. Lembrou-me uma peça que havia na casa de minha mãe, que quebrou ou se perdeu no tempo.

Arezzo
Quando nos encontramos para o almoço faltava uma de nossas amigas. Rolou certo stress por que já estava um pouco tarde para o almoço. Todos os restaurantes fecham depois das 14:30 ou 15:00 h e só reabrem para o jantar. Depois dessa hora só encontramos sanduíche e pizza. A fome é um assunto delicado nesse grupo; até agora o único motivo de discórdia. Nada grave, felizmente, e depois de saciada a fome tudo fica em paz.

Caiu um pé d’água no momento que retornávamos para o carro. Todas nós temos sombrinha, bota, etc... fica tudo no hotel porque não queremos carregar peso. Resultado, chegamos no carro completamente encharcadas.


06.06.2011                    SAN GIMIGNANO

Saímos pela manhã da Badia de Pomaio. Senti um pouco de pena; fiquei com a sensação de que deveria ter aproveitado melhor o lugar. Na ânsia de conhecer o maior número de cidades possível deixamos, por vezes, de aproveitar melhor um local como esse. Deixamos uma gorjeta, mais que merecida, para Giuseppe e Ivone (uma portuguesa que nos atendeu muito bem). O atendimento acolhedor é o principal diferencial desse hotel.
San Gimignano

Seguimos em direção a Siena. Lá ficaremos hospedadas em uma vinícola, Villa Dievole. Passamos antes em San Gimignano, a cidade das 14 torres. Foi difícil encontrar estacionamento. Parece que todos os turistas resolveram visitar essa cidade no dia de hoje. Subimos caminhando pela estreita rua principal. De vez em quando surge um bequinho subindo ou descendo, convidando para uma foto. Sentamos em uma mesa ao ar livre, na praça principal e pedimos cerveja e o vinho branco Vernaccia. Ficamos olhando o vai e vem de turistas. Não tenho visto turistas japoneses por aqui. Acho que eles preferem as cidades maiores para fazerem muiiiiiiiitas compras!

Em seguida fomos tomar um gelato. Mama Mia!!! Nunca fui apaixonada por sorvete, mas tenho tomado vários aqui na Itália. São realmente bons. Começou a cair uma chuva muito forte. Ficamos escondidas dentro da gelateria até que a chuva diminuiu e pudemos voltar para o carro.

San Gimignano

San Gimignano embaixo de chuva
Villa Dievole, aqui vamos nós.


VILLA DIEVOLE - SIENA

Perdemo-nos no caminho. A Giulieta (o GPS) funciona muitíssimo bem, mas é preciso que o endereço esteja correto. Nesse caso não tínhamos o endereço completo e ela nos indicou o caminho errado. O bom foi que ficamos conhecendo ainda melhor a Toscana, com suas colinas suaves e verdes. Depois de algum tempo sem encontrar um vivente sequer, passamos por um lugarejo e pedimos informação a uma senhora. Tentamos nos comunicar com ela, mas a coisa não funcionou muito bem. Mostramos para ela, no papel , o nome da Villa Dievole. Ela pediu – “aspetta un attimo” - e foi pedir informação para outra pessoa. Retornou e tentou nos explicar o que fazer. Só entendemos que deveríamos voltar, dobrar a destra ou a sinistra (direita ou esquerda - já não me lembro bem) e seguir por uma “strada bianca” (estrada branca). 

Estrada "bianca"
Lá fomos nós por uma “strada bianca”. Acho que a senhora chamou de “bianca” porque a terra aqui é clara e tem uns cascalhos brancos que realmente tornam a estrada de terra batida quase branca. Rodamos, rodamos, e nada de achar a Villa. Já estávamos nos embrenhando por uma área de floresta fechada e não encontrávamos ninguém para nos orientar. Resolvemos voltar. Fátima colocou uma outra informação na Giulieta e ela nos indicou um caminho. Resolvemos confiar nela cegamente e arriscar. Não deu outra, ela estava certa.

Quando chegamos na Villa já era quase noite. Fomos conhecer a casa que havíamos alugado por três dias. Tem 4 quartos, uma sala grande e uma cozinha toda equipada para nossas necessidades, o que é ótimo pois pretendemos fazer um jantar nessa casa. Comida italiana, é vero!!!
Mesa de jantar e o lustre dourado
Um funcionário do hotel, talvez o gerente, conversou um pouco comigo enquanto nos dirigíamos até o restaurante. Foi legal sentir que consigo me fazer entender nessa língua que me é quase familiar.
Chegando ao restaurante, em estilo rústico, ele nos direcionou para uma mesa bem grande sob um lustre maravilhoso. O jantar foi perfeito para aquele final de noite, depois de andarmos meio perdidas pelas estradas da Toscana.

Vista da piscina
 
Paisagem da nossa janela - vinhedos












07.06.2011

A paisagem que vemos das janelas de nossa casa, é magnífica. Vinhedos a perder de vista.

Hoje passaremos o dia todo por aqui. O dia está lindo, muito claro e com um sol morninho. Começamos uma trilha pela propriedade da vinícola, pra variar, morro acima. Fizemos o circuito completo. O chão estava meio escorregadio pois tinha chovido durante a noite passada.

Vinhedo
Ainda bem que ninguém caiu; acidente em viagem é um transtorno. No caminho paramos para fotografar as parreiras de uva, o vale, os ciprestes. De repente alguém falou: - Estou começando a sentir saudades de um Duomo, de um out let, de uma piazza central cheia de lojinhas, etc. Eh! Acho que nosso espírito rural não deve durar muito, apesar da beleza do lugar.
Nosa casa em Dievole

Trilha da Villa
Fomos até um supermercado nos arredores de Siena para fazermos nossas compras para o jantar. Adélia que será nossa “chef” nesse jantar, escolhe os produtos e nós vamos ajudando. Procuro pelas companheiras e não vejo ninguém. Onde elas estão? Depois de uma rápida procura, encontro as moçoilas na gôndola de produtos de beleza. Cremes para a pele, para ser mais exata. Não tem jeito, mulheres adoram um creminho.

Voltamos para a Villa para participar de uma degustação. A nossa anfitriã Elena é uma  jovem de olhos verdes, muito  bonita. Começou a degustação com um vinho rose e em 
Elena e a degustação
seguida descemos para um porão onde está o antigo maquinário da vinícola, usado há séculos atrás. Em uma grande mesa de madeira ao centro, estavam servidos prosciutto di parma e queijo pecorino. Elena abriu outra garrafa, dessa vez um tinto, e em seguida fomos para a cave mais moderna, onde estão os tonéis usados atualmente. 
Mais vinho e mais queijo.

Aliás, esse queijo pecorino enorme - parece uma pequena bacia - é um manjar dos deuses.
  
Atacando o queijo
Não sei se como queijo, se tomo o vinho ou se ouço a Elena. Partimos para a Enoteca e Elena serviu um outro vinho. Nunca vi servirem tanto vinho em uma degustação. Vamos sair bêbadas daqui. Não estou mais entendendo muito bem o que a Elena está falando, uma estória de galo negro no rótulo do chianti clássico...melhor parar com o vinho.

Nas paredes da Enoteca estão penduradas várias fotos dos empregados da vinícola. Um deles é um jovem, olhos verdes e uma boca bem desenhada. Falei para Andréa que eu tinha visto aquele empregado quando chegamos no hotel, na véspera. Na saída da Enoteca, lá estava ele, o italiano da foto. Andréa aproveitou e tirou uma foto dele, à distância.

À noite eu estava no meu quarto enquanto Adélia preparava o jantar. De repente ouvi uma voz masculina vindo da cozinha. Saí e me deparei com o italiano de olhos verdes mexendo no fogão. Adélia tinha avisado a portaria que o fogão não estava ligando e eles mandaram o italiano para consertá-lo. Rapidamente chamei:

- Andréa, venha cá rápido...súbito!!!!

Ela surgiu correndo com a máquina fotográfica em punho, sem saber o que estava acontecendo. O italiano, coitado, deve ter ficado tonto com toda aquela mulherada olhando pra ele.

Produtos para nosso Parpadelle ao Funghi Porcini

Vestimo-nos devidamente para o jantar. Fátima caprichou no figurino; colocou uma sainha curta estampada, meias finas, um luxo. E o jantar foi ótimo. O prato da noite foi “parpadelle ao funghi porcini” acompanhado pelo vinho da própria vinícola Dievole. É interessante como a boa comida - sem trocadilho, por favor - nos pega primeiro pelos olhos e nariz e depois atingi o corpo todo. Não é exatamente a fome que nos estimula, mas os outros sentidos. E depois de saciada a fome e os outros sentidos, vem àquela sensação de preguiça, de moleza, que às vezes dizemos que é tristeza.

Tristeza nada, é barriga cheia mesmo.

Recomendações: Restaurante La Grotta em Cortona

08.06.2011

Já estou fora de casa há 15 dias. Essa é a minha medida ideal para qualquer viagem. Passou disso começo a ficar menos tolerante. Noto que já fico mais impaciente com os horários que não são cumpridos, etc....Bem, são mais cinco dias; vou me esforçar para manter a calma.
 
Galos - símbolo do Chianti
"Galo Nero" Simbolo do Chianti Clássico
Hoje vamos visitar algumas cidades do Vale do Chianti. Começamos por Castellina in Chianti, depois Greve de Chianti e por último Radda in Chianti. São cidades medievais bem pequenas onde a vida parece, em alguns momentos, ter parado no tempo. São ruas estreitas e limpas, com calçamento de pedra, sacadas floridas.
Somente o vai e vem dos turistas, que lotam essas cidades durante a primavera e o verão, denuncia que estamos no século XXI. Caso contrário, acho que não me surpreenderia se encontrasse um etrusco com roupas antigas caminhando pelas ruas.


No meio do caminho entre uma cidade e outra, tomamos a direção errada e tivemos que fazer um retorno. Nossa motorista da hora resolveu manobrar numa pequena entrada de terra ao lado da estrada. Péssima escolha. Subiu um pouco e logo em seguida o carro começou a patinar na lama. Quanto mais acelerava, mais atolava. Tivemos que descer para deixar o carro mais leve e tentar ajudar colocando pedaços de madeira sob a roda. Uma turma de ciclista (são muitos nessa época do ano) passaram na estrada ao lado e gritaram algo que não entendemos. Certamente estavam nos sacaneando. Um grupo de mulheres atoladas é um prato cheio. De repente Adélia se estabacou no chão. Levantou rápido antes que algum flash registrasse o fato.
As atoladas
Não demorou muito tempo e conseguimos pegar novamente a estrada, um tanto sujas de barro, mas ilesas. Mais à frente encontramos o mesmo grupo de ciclista. Agora é nossa vez de sacanear. Colamos o carro atrás de um deles, que nervoso fazia sinais para ultrapassá-lo. Não demos confiança e ficamos grudadas nele por um tempo. Depois ultrapassamos e gritamos - “babaaaaaca”. Acho que ele não entendeu o palavrão, mas nos sentimos vingadas.


SIENA

Terminamos o dia em Siena. Já estávamos um tanto cansadas e sem muita disposição. Caminhamos bastante até chegar à Catedral de Siena. Já tinha visitado essa igreja anteriormente. 
Catedral de Siena
O que me chamou a atenção na primeira visita foi a sobreposição de mármore preto e branco que tem um efeito visual muito elegante. E a abóbada estrelada também é muito bonita. Mas pareceu-me, dessa vez, um pouco suja, sem viço. Acho que está precisando de um “lifting”.

Depois fomos para a grande praça. Sentamos para tomar um gelato e acertar algumas contas. Kátia, Juju e Fátima cuidaram da contabilidade e, enfim conseguimos zerar as pendências. Enquanto isso, eu tomava um gelato de Tiramissu e Ananás. Que coisa desagradável!!!!!


Piazza del Campo em Siena


Fomos para o hotel onde haveria o enterro dos ossos do jantar da véspera. Adélia realizou o milagre da multiplicação das massas. Tínhamos ainda um pacote de parpadelle, um pouco do molho de funghi, queijo e vinho. Ela acrescentou um pouco de creme de leite fresco ao molho de funghi e preparou um outro molho de 3 queijos, ou quatro, ou cinco. Sei lá! Só sei que ficou muito bom.
Nessa noite não teve figurino caprichado. Todo mundo de havaiana e pijaminha.

Saímos cedo em direção à cidade de Tuscania. Estava chovendo e eu avisei:

- Essa chuva não demora muito, já vai acabar.

Explico porquê. Eu estou levando sombrinha, capa de chuva e agasalho, portanto a chuva não vai continuar. Não deu outra, em 10 minutos o sol estava brilhando. Se estivesse desprevenida a chuva não ia dar trégua.
 
Montalcino




Montalcino
Vamos passar por duas cidades. São Quirico e Montalcino. A essa altura da viagem já começamos a achar que todas são iguais, mas certamente cada uma tem características próprias que nós, viajantes apressadas, não temos tempo suficiente para perceber.

Roubando cerejas no pé
Em Montalcino me deparei com um pé de cerejas carregado. Encostei no muro e puxei um galho da árvore que ficava no quintal de uma casa. Atacamos a cerejeira. Nada como comer a fruta no pé. A dona da casa nos avistou e tivemos que abandonar rapidamente o pé de cereja.

Partimos para comprar os famosos vinhos Brunellos de Montalcino. Eu mesmo não comprei nenhum, muito peso para arrastar até Macaé. Para quem mora no Rio fica mais fácil.
Casa do Brunello

             
                  Uma nona legítima
Seguimos para Tuscania. Acabamos pegando o caminho mais demorado. Coisas da Giulieta que escolhe sempre o caminho mais curto, que não é necessariamente o mais rápido. Foi bom porque passamos por lugares lindíssimos.

A cidade de Tuscania me surpreendeu. Acho que como a expectativa não era muita e a cidade não é tão badalada, a surpresa foi boa.  

Tuscania
Saímos para jantar. Mais uma odisseia atrás de um restaurante indicado pela recepcionista do hotel. Encontramos o primeiro, mas saímos pra procurar o segundo. Resultado, andamos muito até chegarmos ao dito restaurante. Estava fechado. Aqui, nada fica aberto até muito tarde, principalmente nessas cidades menores. Caminhamos de volta para o primeiro restaurante indicado. “El Gallo” é o nome dele.
A entrada do restaurante nos pareceu um pouco bagunçada. Teve gente que ameaçou voltar, mas a essa altura do campeonato, comeríamos até o galo que decorava a entrada. Entramos e nos acomodamos. Logo a má impressão foi desfeita. O atendimento foi bom e a comida também. O garçom é parecido com o Zem, um ex-marido da Kátia. Começamos a conversar sobre a vasta experiência amorosa de Kátia. Demos boas risadas falando sobre PB e outros menos cotados.

É uma pena ficarmos tão pouco tempo aqui. “Domani, mattina andiamo a Roma”
San Quirico

San Quirico
Recomendações: Restaurante El Gallo em Tuscania



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