15 maio, 2010

INSBRUCK e SALZBURG

10.09.09                           INSBRUCK


Alugamos um carro que nos levou de Luzern até Insbruck. O motorista Hilário, e também dono da empresa, é irmão daquele português que nos acompanhou no passeio ao monte Titles. Muito simpático, contou-nos que está há 18 anos na Suíça, falou sobre sua família e as vantagens de viver aqui. No caminho entrou rapidamente no principado de Liechtenstein. Este país minúsculo - deve ter o tamanho de um bairro das maiores cidades do Brasil - é riquíssimo, lindinho, limpinho, mas vive da lavagem de dinheiro sujo. 

Mais à frente fizemos uma parada para um lanche em um local muito agradável. Foi vantajoso alugarmos o carro. Saiu pelo mesmo preço que nós quatro pagaríamos pelo trem e sem o inconveniente de arrastar malas até a estação e depois até o hotel.

Insbruck
O hotel Grauer fica no centro da cidade, perto de tudo. Fizemos um passeio em um ônibus de turismo que circula pela cidade. Ele é equipado com fones, com possibilidade de escolha entre vários idiomas, mas o português infelizmente não faz parte dessa lista. O texto que ouvíamos no fone nunca batia com o local onde estávamos. Tudo bem, somos espertinhas, sempre conseguimos aproveitar alguma coisa.

Que cadeira mais gostosa!!!
Saltamos no centro onde o buchicho acontece. Andamos pelas lojinhas, tiramos fotos, fomos até a ponte - que dá nome a cidade - que atravessa o rio INN (INN - o rio e bruck - ponte) olhamos os restaurantes e escolhemos um para o almoço. Começou a chover e entrar num local fechado era realmente a melhor opção. O restaurante Otto Burger é a parte que restou de um antigo castelo que ficava nesse local. O lugar é agradável e a comida muito boa.

Quando passei pela rua Maria Theresien Strasse lembrei da Imperatriz Maria Teresa, mulher poderosa que governou o império Austro-Húngaro. Na viagem que fizemos em 2001 pelo leste europeu encontramos estátuas dessa senhora até na Polônia. Pelo visto ela também deixou sua marca por aqui. Quando vi uma construção antiga com telhas de ouro imaginei “isso é coisa de Teresa”.

11.09.09                               

Palácio Schloss Ambras em Insbruk
Eu e Kátia visitamos, pela manhã, um palácio dessa cidade (tenho a impressão que todas as cidades têm pelo menos um castelo ou um palácio). Ele não é muito imponente, mas possui um grande acervo de quadros, prataria, armas e armaduras. O que me pareceu mais bonito foram os jardins em volta do castelo, mas chovia e não foi possível ver muita coisa. Essa visita com sol seria excelente, principalmente para caminhar em volta do palácio.

Fiquei um pouco decepcionada com Insbruk. Eu tinha uma imagem na lembrança de umas fotos que vi na adolescência. Era uma cidade coberta de neve, bucólica e aconchegante. Não achei nem uma coisa nem outra. Pode ser que o tempo tenha sido curto para conhecer a cidade. Com certeza o tempo foi pouco. Ou pode ser que a neve da foto tenha me dado essa sensação de aconchego.

SALZBURG

À tarde tomamos um trem para Salzburg. O vagão estava cheio e viajamos meio imprensadas entre as malas. Mala grande e trem não combinam. Na chegada Ana Dirce percebeu que havia esquecido sua bolsa de mão no vagão. Não houve tempo de recuperá-la. Iniciou-se uma odisseia atrás da bolsa perdida, sem sucesso. Por sorte não havia muitas coisas dentro dela.
Ficamos no hotel Mercure, um pouco distante do centro antigo, mas com um pouco de disposição dá pra ir a pé. Foi o que fizemos. De cara já gostamos da cidade. No alto da montanha está o castelo (que novidade!!!) desta cidade. É um dos maiores e mais antigos da Europa. Subimos até lá em um teleférico. Quando chegamos havia um grupo de músicos vestidos com trajes típicos tocando música folclórica para um grupo de turistas que estavam sendo recepcionados em um restaurante ao pé do castelo.
Havia um concerto com peças de Mozart programado para aquela noite no castelo, mas num horário um pouco mais tarde. Teríamos que optar entre o jantar e o concerto. A fome, esse instinto animal, falou mais alto. Nem olhei a programação do concerto. Se no programa estivesse incluído o concerto nº21 para piano, de Mozart, eu ficaria com remorso de ter optado pelo jantar.

Cervejaria Augustiner Brau
Saímos em busca da “Augustiner Bräu”, uma cervejaria famosa na cidade. Depois de caminharmos muito (achamos que era perto) chegamos a rua Augustinergasse. Procuramos pelo número 4 e encontramos uma igreja. Será que a cervejaria fica numa igreja???? Impossível. Mortas de fome, já estávamos indo embora quando vimos uma turma bem alegre saindo da “igreja”. Voltamos, entramos e, surpresa!!! Era mesmo a cervejaria.

Descobrimos que essa construção secular já tinha sido, no passado, um mosteiro. Um lugar bem interessante com várias salas, grandes mesas cheias de gente animada tomando cerveja em canecas enormes, muita música e...muita fumaça de cigarro, infelizmente. Nesse quesito (cigarro) podemos nos considerar bem mais civilizados que os europeus.

Em um grande armário de madeira, escolhíamos a caneca no tamanho desejado, mergulhávamos a mesma em uma fonte de água bem gelada e, em seguida, éramos servidas de cerveja diretamente dos barris de madeira. Tomamos algumas canecas daquela deliciosa cerveja e beliscamos as deliciosas salsichas alemãs lambuzadas em deliciosas mostardas. Porque estou repetindo a palavra deliciosa?  Porque já bebi demais!!!!
Todas nós voltamos alegrinhas para o hotel. Só a noitada na cervejaria já teria valido à visita a cidade. Adoramos o lugar.

12.09.09               

Ah! A cidade de Mozart!!! Confesso que senti certa emoção ao passar pelas ruas estreitas daquela cidade medieval, cheia de fontes, igrejas, jardins. A cidade tem um clima romântico como à música de Mozart. Reza a lenda que ele era um sujeito de maus modos e meio fedido, mas sua música compensa qualquer deslize.

Salzburg
Visitamos a casa onde ele nasceu. É uma casa amarela de 3 pisos, bem conservada, com objetos, móveis, violinos e um pequeno piano. Em uma sala acontece a projeção de um filme de curta duração contando a trajetória de Mozart. Assisti ao filme, comprei um CD e sai para o mundo dos vivos.

Cemitério jardim
Caminhamos pelas ruelas estreitas com um comércio bem variado. Achei interessante um ornamento fixado sobre as fachadas das lojas indicando o tipo de atividade que aquele comércio exerce. Nas sapatarias o ornamento é um sapato, na relojoaria, um relógio, etc... Lembrei-me de um passeio noturno que fizemos em Praga. Em uma ruazinha que desce do castelo imperial de Praga até a Ponte Carlos, sobre a porta principal de cada casa tem um brasão esculpido identificando a família que reside ali. Como a maioria das pessoas da idade média não sabia ler esse artifício era bastante útil. 
Sobremesa típica
Visitamos a igreja de St Peter e em seguida fomos almoçar no restaurante Stiftskeller St.Peter. Ele fica ao pé do morro e parte dele é escavado na rocha. Lá no alto está o castelo da Salzburg. Restaurante lindinho, comidinha gostosa, precinho salgado. Saindo do restaurante, à direita tem um cemitério ao lado da igreja. É um jardim lindo!!!! Lugar ideal para o sono eterno.

Voltamos a pé para o hotel: a Kátia, Adélia e eu. Ana Dirce foi até a estação de trem atrás de notícias sobre sua bolsa. No caminho paramos em um jardim belíssimo, tiramos algumas fotos e retornamos à caminhada. Andamos muito e por alguns momentos achei que estava perdida. Viro-me bem com os mapas, mas o cansaço não me deixava raciocinar. Acabamos chegando ao hotel sem maiores problemas.
No início da noite voamos para Frankfurt. Chegando ao hotel Moevenpick nos juntamos as outras companheiras de viagem, Kátia Zanon e Danielle.

Descemos para jantar no restaurante do hotel, eu e a Kátia. Queríamos comer uma massa. Pedi um nhoque e Kátia, um espaguete. Recebi quatro bolotas grandes, meio disformes, uma massa escurecida bem diferente do prato que comemos aqui no Brasil. Que diacho é isso !!!! Espero que o gosto seja melhor que a aparência. Que nada, o gosto também não era dos mais agradáveis mas apesar disso comi quase tudo. Fui dormir com o peso daquelas quatro bolotas dentro do estômago.

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