23 maio, 2010

KOSTROMA E SUZDAL


12.09.2008

KOSTROMA




Jantamos ontem à noite em um restaurante de madeira, bem típico, que fica dentro da área verde em volta do hotel. Bem acolhedor e, é claro, bem aquecido para compensar o frio de 5 graus que fazia lá fora. 

Aceitei a sugestão do garçom e pedi um prato típico da região. Levei um susto quando o prato chegou. Era um frango inteiro, assado com batata e algumas ervas. Tudo bem, consegui comer todo ele, afinal não era tão grande quanto a minha fome. Durante o jantar um grupo local fez uma apresentação de dança folclórica. A música era bem alegre e os dançarinos excelentes. Eles realmente são bons nisso. Tentei filmar um pouco da apresentação, mas minha pouca intimidade com a máquina não me permitiu muita coisa. Alguns casais que jantavam resolveram também dançar. Senti-me tentada a levantar e me juntar ao grupo, mas desisti. Senti que e meu rosto estava quente quando retornamos para nosso confortável quarto. Deve ter sido o vinho.

O Kremlin de Kostromá foi destruído e sobraram apenas 2 igrejas. Visitamos alguns pontos importantes dessa cidade que é o berço da dinastia Romanov (a última dinastia dos czares russos). Essa cidade ficou proibida para turistas durante anos por ser uma base para lançamento dos mísseis soviéticos. Está meio abandonada, com vários prédios precisando de restauração, aliás, como todas as outras cidades que visitamos. Algumas construções são belíssimas, merecem uma boa restauração, mas parece que falta verba para esse fim. Uma pena!!!

Fomos a um parque, uma espécie de museu, onde visitamos algumas construções de madeira, cópias fiéis das casas antigas usadas pelos russos que moravam no campo. 


São casas com compartimentos para o verão e outros para o inverno, onde famílias de mais ou menos 12 pessoas habitavam e onde ficavam quase confinadas no rigoroso inverno russo. Até mesmo os animais ficavam confinados numa parte da casa destinada para eles. Durante nosso passeio por esse parque vários casais de noivos foram chegando, aos poucos, com um pequeno grupo de convidados. Eles tiravam muitas fotos e, em seguida, escolhiam uma árvore e penduravam nos galhos várias fitas coloridas. Nos anos seguintes eles voltarão a essa árvore e renovarão os votos. É uma tradição por aqui. Achamos interessante a quantidade de noivos que vimos posando para fotos nos parques , nos monumentos e até nas ruas. Alexandra nos disse que esse é o costume por aqui, os noivos casam-se e em seguida vão com os convidados para a sessão de fotos e depois para um restaurante. Se tiverem uma casa grande então o almoço acontece lá. Perguntei se a cerimônia acontecia nas igrejas e ela disse que não, muito raramente se casam na igreja. A cerimônia acontece num cartório e os convidados são poucos, os mais íntimos. Encontramos muitos noivos pelas ruas e praças de várias cidades, todos muito bem arrumados. Dizem que eles preferem casar nessa época porque está quente.

SUZDAL


Partimos depois do almoço para Suzdal, uma cidadezinha que já foi um poderoso principado na Idade Média. Hoje tem cerca de 15.000 habitantes. Chegamos no final da tarde e chovia, mas não nos abatemos, saímos para um passeio mesmo assim. A cidade é bem pequenina, mas muito simpática. Não há muitos jovens por aqui, a maioria vai para as cidades grandes em busca de trabalho e diversão. Essa cidade já é considerada um ponto turístico, até mesmo para os russos, e por isso já oferece uma estrutura melhor para receber os turistas.

13.09.2008
Hotel em Suzdal

Hotel em Suzdal

Igrejas de Madeira
Hoje fomos visitar uma antiga igreja de madeira transformada em museu. Lembrou-me aquelas igrejas de madeira que visitei na Escandinávia, acho que ainda mais antigas do que essa. Em seguida fomos ao Kremlin que está muito bem conservado. As igrejas daqui têm cúpulas azuis. A guia nos informou que cada cor de cúpula tem um significado. As de cor azul com estrelas, como essa que visitamos, são dedicadas a Virgem Maria. Os templos com cúpulas verdes ou prateadas são dedicados a santos. O número de cúpulas também tem um significado. Se for uma só significa que a fé é em um único Deus; se forem três é a fé na Santíssima Trindade; se forem cinco é Cristo cercado por quatro apóstolos. E por aí vai... Após o almoço partimos de volta a Moscou. 

O trem para São Petersburg partiu de Moscou a meia-noite. Após nos acomodarmos no minúsculo camarote fomos para o vagão restaurante. Depois de sentadas constatamos que não tínhamos rublos suficientes para um jantar e, pra variar, não aceitavam o cartão de crédito. Já íamos dormir com fome quando um garçom apiedou-se de nossa situação e concordou que pagássemos o jantar com euros. Ufa!!! Que sorte! Os russos não se comovem facilmente. A cama estreita e o barulho me impediram de dormir. A viagem foi cansativa. Às 07 horas da manhã nos serviram um café no camarote: presunto, geleia, caviar de ova de salmão (o caviar de ova de esturjão é quase impossível de encontrar), pão, manteiga e chá. Não gosto nem um pouco de caviar, mas Andréa adora. Pouco depois chegamos a São Petersburg - a cidade de Pedro, que já foi chamada de Leningrado - a cidade de Lenin, na época que os comunistas reinavam absolutos nesse país.


Vídeo do Jantar em Kostroma

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