17 maio, 2010

ZURICH E LUZERN

INFO INICIAL 

Partindo da esquerda: Adélia, Ana Dirce, eu, Kátia Hespanhol,  Danielle e Kátia Pinto
Partindo da esquerda: Adélia, Ana Dirce, eu, Kátia Hespanhol,  Danielle e Kátia Pinto.
Faremos uma viagem pela Suíça, Áustria e Alemanha. Na Alemanha contratamos um tour “Alemanha Romântica” onde faremos um passeio pelos Alpes alemães.
Volto a viajar com minhas antigas companheiras: Kátia e Adélia. Não viajo com elas desde 2004. Nesse passeio terei novas companheiras que ainda não conheço: Ana Dirce, Kátia Espanhol e Danielle. Espero que nossa convivência seja agradável.

05.09.2009                     ZURICH

Saímos do Rio, Adélia, Kátia e eu, às 15 h. Em São Paulo tivemos um atraso de mais de 01:00 h, o que não é muito considerando o caos aéreo tão comum nos dias atuais. Véspera de feriado, muita criança, pessoas viajando pela América do Sul, resultado: filas enormes na imigração. Quando me acomodei no avião, naquele espaço míííííínimo entre as poltronas, jurei que não faria outra viagem tão longa (sempre faço esse juramento). Antevi a noite horrorosa que teria. Enganei-me, não foi tão ruim. Consegui dormir um pouco e a viagem me pareceu muito mais rápida do que de costume. A aterrissagem em Zurich foi perfeita como poucas que já vi. Chegamos em Zurich ao meio-dia. Do desembarque até ao local da esteira de bagagem pegamos um metrô que vai de um terminal para outro dentro do aeroporto. 

06.09.09

Chegamos em Zurich ao meio-dia. Do desembarque até ao local da esteira de bagagem pegamos um metrô que vai de um terminal para outro dentro do aeroporto. Entramos eu e a Kátia e as portas fecharam antes que Adélia entrasse. Fiz um sinal para Adélia que não entendeu nada. Ficamos esperando um pouco preocupadas, pois não sabíamos até onde iria aquele trem e Adélia não estava muito bem nesse dia. Mas, sem problemas... Adélia me avistou de longe - essa é uma das vantagens de ser alta.
Lago Zurichsee

Chegamos ao hotel Montana e já partimos para a rua, em direção ao lago Zurichsee. O dia estava ensolarado, sem vento e com um sol fraquinho - uma delícia. Paramos no caminho para comer um hot dog com aquela linguiça de veado e vários tipos de mostarda (provei de todas). Devidamente empanturradas continuamos em direção ao lago. A cidade se localiza em redor dele e parece que tudo gira a sua volta. Notamos que existem vários barcos-táxis que fazem o trajeto de uma margem para outra. Deve ser bem mais rápido do que fazer o contorno do lago em um carro. Caminhamos pela margem, tiramos fotos, depois sentamos em um banco bem próximo da água e ficamos observando as pessoas caminhando ou “esquentando” ao sol daquele início de tarde de setembro.
Dança de salão ao ar livre


Avistamos ao longe um grupo de pessoas dançando em um jardim. Fomos até lá. Era um restaurante com música ao vivo num jardim que terminava na margem do rio Limmat. Sentamos ao sol, tomamos algumas cervejas e ficamos apreciando a dança de salão. Alguns casais eram bem engraçados, faziam acrobacias horríveis. Acho que a maioria era turista. Quando saímos do restaurante tentei tirar foto de uma mulher que estava a nossa frente, vestida de forma muito estranha. Seguimos caminhando atrás dela criticando a “vestimenta” quando, de repente, ela começou a falar em português com o acompanhante. Ops!!! Quase paguei um mico.

Fomos para o hotel encontrar com a Ana Dirce, nossa companheira de viagem que vinha de Natal. Eu ainda não a conhecia, mas me senti a vontade junto dela desde o primeiro momento.

Saímos para jantar. Escolhemos um restaurante não muito distante do hotel. No caminho olhamos algumas vitrines de galerias de arte e de lojas que estavam fechadas, graças a Deus. Voltamos ao hotel para um merecido descanso, mais do que necessário depois de uma noite mal dormida numa cadeira com a metade do tamanho ideal para abrigar meu quadril.

07.09.09

Fizemos um tour local pela manhã. Seguimos em direção as colinas, na parte mais alta da cidade, de onde se tem uma visão mais ampla do lago.
Hotel Dolder Grand

Paramos próximo a um hotel de “muitas estrelas” onde se hospedam as cabeças coroadas, ricaços e famosos. Nós, pobres mortais, temos que nos contentar com uma foto, nada mais. Em frente ao hotel, um campo de golfe com um gramado que parece veludo. Continuamos o passeio por um bairro com belas casas, vimos à sede da FIFA que os suíços chamam de “a casa da máfia do futebol”. Talvez eles tenham razão, futebol envolve muito dinheiro e onde há dinheiro os "abutres" estão sempre rondando, esperando uma oportunidade.

Notei que pelo caminho passávamos por vários jardins com pequenos pomares e, em alguns, uma pequena casa de madeira. Achei estranho porque eram muitos. A guia nos explicou que o povo da cidade costuma comprar ou alugar pequenos pedaços de terra mais distantes do centro onde passam os finais de semana cuidando do jardim e do pomar. No Brasil gostamos de ter um sítio ou uma casa na praia. Os suíços têm um jardim para os finais de semana. Terminamos o passeio em uma das igrejas mais importantes da cidade, que possui afrescos feitos por Marc Chagall.

Caminhamos pelas ruas do centro e fizemos algumas compras (ninguém é de ferro) na rua Banhofstrasser. As ruas estão enfeitadas com vasos grandes e esculturas de vacas, tudo muito colorido. Temos que estar sempre atentas ao atravessar as ruas, pois o movimento de bondes elétricos é muito grande e nós não estamos acostumadas com isso.

Passeio de barco

Fizemos um passeio de barco pelo lago. Sentamos no deck superior da embarcação para aproveitarmos melhor a paisagem. Enrolei-me na pashminas, porque no final do dia sempre faz um pouco de frio, e relaxei.
À noite, no hotel, fizemos um lanche, ou melhor, um pic-nic improvisado sobre a cama. Queijo, vinho, salame, alguns pães, torrada com creme de ovomaltine. Adélia tomou um coquetel de remédios e disse que esse era o seu momento “Michel Jackson”. Fomos dormir o sono dos justos.

08.09.09                        LUZERN

Estação de trem de Luzern
Pegamos o trem pela manhã para Luzern. A viagem foi rápida e o hotel Alpina fica bem perto da estação de trem. Arrastamos as malas até lá e, em seguida, fomos bater perna. Na primeira esquina paramos para consultar o mapa. Ficamos em dúvida quanto à direção que iríamos tomar. Uma voz em português (de Portugal) ofereceu ajuda. É engraçado como sempre que estivemos com alguma dificuldade aqui na Suíça, algum brasileiro ou português aparecia para nos ajudar. A voz em português pertencia a um belo exemplar lusitano já de meia idade, chamado Vitor. Disse que trabalhava na mais importante loja de relógios da Suíça, (acho que é Beyer). Deu-nos algumas dicas e convidou-nos para passar na loja depois do passeio. Falou, repetidamente, o horário em que sairia para almoçar. Sei não, desconfiei que estivesse com segundas intenções.

Caminhamos pela avenida margeando o rio. Havia uma feira com alguns legumes diferentes, vários tipos de abóboras - algumas desconhecidas para nós - cebolas enormes e uma banca de queijos de enlouquecer.
Banca de frutas e legumes


O rio tem uma água limpíssima e uma cor verde-clara que eu ainda não tinha visto (se vi não lembro). Explicaram-me que essa água é do degelo e a cor esverdeada e leitosa é proveniente de parte de um minério que a água arrasta das pedras da montanha.

Ponte de madeira
 
Atravessamos o rio pela ponte coberta. São duas pontes de madeira, muito antigas, uma das atrações da cidade. Visitamos a muralha da cidade - ruínas do muro que cercava a cidade medieval - e o leão ferido esculpido na pedra. Em seguida nos separamos. Adélia e Ana Dirce foram olhar relógios, eu e Kátia fomos bater perna. Mais tarde passamos na loja do português (ficamos de encontrar-nos lá) para procurarmos as duas companheiras. Não encontramos as duas, mas encontramos o português que nos deu de lembrança umas colherezinhas com a propaganda da loja. Enquanto falava conosco segurou minha mão. Retirei a mão rapidinho. O gajo não é de se jogar fora, mas não vim até aqui fazer turismo sexual.

Cervejinha para relaxar








Saímos procurando um lugar para almoçar. Encontramos um restaurante muito charmoso na margem do rio Reuss. Almoçamos e levamos algum tempo bebericando e apreciando a paisagem de final de tarde. Alguns patos nadavam no rio e acho que também almoçavam a sua iguaria predileta que, por sinal, era a mesma que comemos no almoço: PEIXE.

Estava acontecendo um festival de verão (música clássica) e, por esse motivo, a cidade estava repleta de turistas. Sentamos em frente ao belíssimo teatro de arquitetura bem moderna, e ficamos admirando as pessoas que chegavam para o concerto, todas muitíssimo bem vestidas. Nem procuramos por ingresso, não era para o nosso bico.

09.09.09

Cidadezinha ao pé do monte Titles


Nosso programa principal hoje foi o passeio ao monte Titles. Armando, o motorista do ônibus que nos levou até lá, também é português. Trabalha com seu irmão que é dono de uma empresa de transporte em Luzern. Disse-nos que muitos portugueses vêm tentar uma vida melhor aqui na Suíça. Quase sempre vão trabalhar na construção civil. Com seu irmão não foi diferente, mas com o passar dos anos conseguiu montar um negócio próprio e ganhar um bom dinheiro. Chegando ao pé da montanha embarcamos em um teleférico com aqueles bondinhos para 6 pessoas, que balançam perigosamente (minha opinião) enquanto se arrastam para o alto. 
O dia estava claro, sem névoa, e a paisagem lá embaixo é linda. Kátia ameaçou passar mal, ficou mareada. Tive medo que vomitasse dentro daquele lugar apertadinho. Para onde eu ia fugir? Depois mudamos para um teleférico maior, redondo, que cabem 50 pessoas se não me engano, todas em pé. Fiquei de olho em Kátia, porém a uma distância segura para evitar qualquer jato indesejado. E a coisa foi rodando, rodando... até chegar na estação cercada da neve que restou nesse final de verão.



Enfiei gorro, cachecol, casaco e fui caminhar na neve, mas não resisti por muito tempo.

Estava de tênis e o frio gelado subia pelo solado fino de borracha. Kátia foi a única que teve coragem de encarar um outro passeio sobre a neve. Nós outras preferimos entrar, andar pelas lojinhas e tomar um chocolate quente enquanto apreciávamos a paisagem branca das montanhas. Em seguida fomos a uma caverna de gelo. Um labirinto cheio de luzes coloridas e coberto de.... gelo. Tive saudades de me deitar na areia da praia numa manhã de sol de outono.
 
Monte Titles

























À noite, colocamos nossas melhores roupas, e saímos para jantar. Havia vários restaurantes na margem do rio e ficamos em dúvida sobre qual escolher. Optamos por um que tinha mesas sob um pátio coberto. Fazia um pouco de frio e o vinho ajudou a me aquecer.




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