24 maio, 2010

SERGIEV POSSAD, ROSTOV VELIC e YAROSLAV


10.09.2008


Saímos cedo de Moscou. Estava muito frio e chovia um pouco, um termômetro de rua marcava 8 graus. No trajeto, ao longo da estrada, vimos várias casinhas de madeira, as antigas Dachas. A maioria está muito mal conservada. É uma imagem meio deprimente, acho que porque são escuras, meio tristes.

SERGIEV POSSAD
Sergiev Possad


Paramos em Sergiev Possad, uma cidadezinha que possui um enorme monastério – São Sérgio – onde peregrinos e turistas se encontram. Mulheres com a cabeça coberta fazem fila para beijar o caixão do fundador do monastério; todos beijam o mesmo lugar. Parece-me anti-higiênico, mas em nome da fé deve valer a pena correr o risco; não é o meu caso.

São cristãos ortodoxos da igreja russa e com o fim do regime comunista parece que a religião ressurgiu com muito vigor. Segundo a nossa guia, nos últimos anos o número de jovens que frequentam as igrejas aumentou muito. Parece que a religião está se tornando “in” entre os jovens russos. Continuamos a viagem em direção a Rostov Velik. 

ROSTOV VELIK
Rostov Velik
Rostov Velik



















Antes de chegarmos paramos para um almoço tipicamente russo: salada russa, sopa de repolho e strogonoff com batatas. A comida era simples, mas gostosa. Em Rostov, cidade com mais de mil anos, visitamos uma igreja dentro do Kremlin daquela cidade. Uma igreja muito antiga com todas as paredes da parte interna, pintadas com ícones da religião ortodoxa russa. O melhor da visita viria a seguir. Um trio de rapazes cantou três cânticos sacros. Belíssimo!!! Com a acústica perfeita dessas igrejas as vozes se propagam de tal forma que o uso de qualquer equipamento para ampliar o som seria uma heresia. Seguimos para Yaroslav onde passaremos a noite.


11.09.2008
YAROSLAV

Em Yaroslav visitamos um monastério e a igreja de São Elias. Essa igreja sobreviveu ao regime soviético, que queria derrubá-la, mas que não o fez graças a uma série de artimanhas dos moradores dessa cidade. Durante o regime soviético as igrejas que não foram derrubadas se transformaram em depósitos, mercado de alimentos etc..., as igrejas ortodoxas russas não possuem cadeiras - apenas algumas poucas para deficientes e idosos – nem instrumentos musicais. A missa é assistida de pé e o coral é composto apenas por vozes masculinas. Esqueci de perguntar a guia porque as mulheres não cantam. As paredes são completamente cobertas por pinturas ou mosaicos, de alto a baixo, e as imagens não tem relevo algum. Elas são tão lindas, assim totalmente pintadas, e o coral masculino que se apresenta em cada uma delas, cantando à capela, é melhor ainda. Comprei um cd desse coro da igreja de São Elias, para ouvir e recordar.

Encontramos com o grupo de Minas que está fazendo o passeio de navio. Junto com eles estava o "falso russo" Gustavo. Parou para conversar conosco, foi simpático e muito educado. Agora, que pude olhar melhor para ele, vi que é uma figura bem interessante. Morou por muitos anos na Rússia e quando retornou para o Brasil, abriu um restaurante em São Paulo (Tchayka - a casa da Rússia) e depois uma agência de viagem com o mesmo nome.

Chegamos a Kostromá no final da tarde.

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